O filme "Um Senhor Estagiário" retrata a dificuldade de um idoso em adentrar o mercado de trabalho devido ao preconceito em relação à sua idade. Fora das telas, essa realidade afeta milhares de brasileiros que são prejulgados pela diferença etária, o que os desvaloriza e segrega. Esses estereótipos não ferem só os direitos humanos, mas também intensificam a desigualdade. Sendo assim, destaca-se a importância de uma discussão sobre os motivos desse óbice. A negligência estatal e a deficiência midiática
Acerca do cenário retratado fica evidente, que o descaso governamental é um fator que ajuda a perpetuar a problemática. Para ilustrar esse fato, segundo a OMS, um a cada seis idosos já sofreram algum tipo de violência, e uma das formas de violência considerada nessa pesquisa é o etarismo, que se manifesta não só com ações verbais ou físicas, mas também como agressão psicológica. Dessa forma, nota-se que o Estado não realiza ações eficazes para a segurança e a igualdade dessa faixa etária. Observando a obra literária Ensaio sobre a Cegueira Branca, nota-se uma série de semelhanças com o atual contexto pátrio, onde a falta de ações do poder público gera, por consequência, a marginalização e a desumanização de uma parcela da população. Em suma, fica evidente que o governo não cumpre com seu papel fundamental de garantir os direitos de toda a população.

Somado a isso, o descaso midiático é outro elemento que ajuda a perpetuar essa questão. Segundo o escritor George Orwell, "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa". Essa fala evidencia a manipulação dos meios de comunicação. De acordo com o jornal USP, os idosos são retratados pela mídia como pessoas frágeis e dependentes. Esse estereótipo consolida a visão negativa da terceira idade, o que mantém e até mesmo intensifica o etarismo. Tal perspectiva degrada um segmento da população que já desempenhou um papel crucial no progresso social e econômico do país. Em síntese, faz-se necessário que a mídia trate todas as faixas etárias de forma igualitária.

Infere-se, portanto, que não somente o descaso governamental, mas também o midiático atuam como perpetuadores do etarismo no Brasil. Assim sendo, é dever do governo -principal órgão garantidor da ordem- a implementação de campanhas de conscientização juntamente com a mídia, escolas e a própria população. Essa ação deve contar com palestras, vídeos e eventos gratuitos que alcancem toda a população, com a realização de atividades mensais como palestras e projetos intergeracionais, a fim de quebrar esse preconceito, melhorando a vida dessa parcela da população. Tal medida vai promover educação e estima com esses idosos. Desse modo, cenários como o da pesquisa da OMS não farão mais parte da realidade.

Eiii! Adorei como você trouxe exemplos de filmes e livros para ilustrar o tema dos desafios para combater o etarismo! Na Competência 1, notei alguns pequenos deslizes, mas nada que comprometa muito a norma-padrão. A introdução e o desenvolvimento estão bem alinhados com o tema (C2), mas acho que poderia aprofundar a proposta de intervenção na C5. Os argumentos são bem estruturados, porém, a coesão (C4) em algumas partes pode melhorar. Nota 840 (C1: 160, C2: 160, C3: 160, C4: 160, C5: 200).