Segundo a Constituição Federal de 1988, todos os cidadãos são iguais perante a lei. Entretanto, essa afirmação torna-se real no momento em que algumas profissões são subvalorizadas diante de outras. Nesse cenário, fatores como preconceito com a sofrido pela mulher no ambiente de trabalho e a falta de remuneração adequada, podem ser algum dos motivos para explicar a invisibilidade da mulher cuidadora no Brasil.
Em primeira instância, é válido ressaltar que o trabalho exercido por um cuidador é deveras importante, sendo crucial que haja uma valorização para com esse profissional. Diante disso, a obra "Utopia", escrita por Thomas More, mostra um mundo igualitário entre homens e mulheres. Tal cenário, saindo da ficção, mostre-se conflitante com a realidade, uma vez que a mulher é historicamente deixada de lado em diversos âmbitos sociais, exercendo profissões que visam atender, ou assistir, à outras pessoas, como enfermeiras ou cuidadoras.
Outrossim, a baixa remuneração, atrelado a fatores como alta demanda de atenção à crianças e idosos faz com que essa profissão não seja muito visada ou discutida nas principais pautas políticas. Ademais, é importante citar que essa questão deriva de problemas estatais, visto que é dever do Estado ofertar boas condições de trabalho para as profissionais, além de um salário adequado para as horas trabalhadas na área de cuidadora.
Por fim, entende-se que a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil é um entrave a ser combatido. Dessa forma, o governo, órgão de maior autoridade pública, em parceria com a mídia, deve, ofertar palestras gratuitas conscientizantes sobre o tema abordado em questão, além de que haja uma melhoria na remuneração das profissionais, a fim de aumentar a visibilidade de mulheres e cuidadoras no Brasil.