- 06 Nov 2023, 13:12
#125276
Na obra "Utopia" do escritor inglês Thomas More é retratada uma sociedade perfeita, na qual, o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, a realidade descrita pelo autor difere-se dá hodiernidade brasílica, dada a existência de desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher, o que denota um grave problema coletivo. Dessa forma, cabe analisar os alicerces que sustentam a problemática, a saber, o sistema capitalista e a herança colonial.
Diante desse cenário, é mister relembrar o filósofo Karl Marx, segundo o qual, o modelo capitalista visa atribuir valor e destaque para profissões que geram maior fonte de renda. No entanto, a tarefa de cuidar não é compreendida como um trabalho importante em um sistema movido pelo capital, o que gera, por conseguinte, em más remunerações e em um apagamento da missão de cuidar de crianças e idosos, por exemplo. Desse modo, enquanto houver a carência de políticas públicas que visem beneficiar cuidadoras, difícil será superar essa mazela que atinge as mulheres.
Ademais, cabe rememorar o período do Brasil Colônia, no qual, mulheres negras e escravas desempenhavam a função de criação, cuidado e amamentação dos filhos dos seus senhores. Nesse viés, a manutenção das bases coloniais e suas ideias, fizeram com que, indubitavelmente, a mulher ao longo dos séculos tivesse suas tarefas inferiorizadas e rotuladas como uma obrigação feminina e uma predisposição genética. Dessa forma, enquanto houver a manutenção das ideias coloniais no pensamento social, difícil será mudar esse quadro lamentável.
Portanto, devem haver mudanças que atenuem esse contratempo cultural e socioeconômico. Para tanto, o governo federal -regulador de políticas e diretrizes nacionais- deve criar programas que ofereçam suporte financeiro para as mulheres cuidadoras por meio de verbas públicas, com a finalidade de trazer maior visibilidade para a população supracitada. Outrossim, o mesmo agente, em parceria com as escolas brasileiras, deve promover o debate sobre a importância do trabalho de cuidado exercido pela mulher no Brasil com o fito de mudar o pensamento social. Destarte, a sociedade brasileira se aproximará cada vez mais da coletividade descrita por Thomas More.
Diante desse cenário, é mister relembrar o filósofo Karl Marx, segundo o qual, o modelo capitalista visa atribuir valor e destaque para profissões que geram maior fonte de renda. No entanto, a tarefa de cuidar não é compreendida como um trabalho importante em um sistema movido pelo capital, o que gera, por conseguinte, em más remunerações e em um apagamento da missão de cuidar de crianças e idosos, por exemplo. Desse modo, enquanto houver a carência de políticas públicas que visem beneficiar cuidadoras, difícil será superar essa mazela que atinge as mulheres.
Ademais, cabe rememorar o período do Brasil Colônia, no qual, mulheres negras e escravas desempenhavam a função de criação, cuidado e amamentação dos filhos dos seus senhores. Nesse viés, a manutenção das bases coloniais e suas ideias, fizeram com que, indubitavelmente, a mulher ao longo dos séculos tivesse suas tarefas inferiorizadas e rotuladas como uma obrigação feminina e uma predisposição genética. Dessa forma, enquanto houver a manutenção das ideias coloniais no pensamento social, difícil será mudar esse quadro lamentável.
Portanto, devem haver mudanças que atenuem esse contratempo cultural e socioeconômico. Para tanto, o governo federal -regulador de políticas e diretrizes nacionais- deve criar programas que ofereçam suporte financeiro para as mulheres cuidadoras por meio de verbas públicas, com a finalidade de trazer maior visibilidade para a população supracitada. Outrossim, o mesmo agente, em parceria com as escolas brasileiras, deve promover o debate sobre a importância do trabalho de cuidado exercido pela mulher no Brasil com o fito de mudar o pensamento social. Destarte, a sociedade brasileira se aproximará cada vez mais da coletividade descrita por Thomas More.