Na produção literária “As Musas”, as cuidadoras presentes na obra são descritas como invisíveis. Essa perspectiva se mostra presente na realidade, no que tange o trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. O mesmo tem lacuna gorvenamental e a influência midiática como agravantes do enfrentamento da invisibilidade desses cargos.
Primeiramente, deve-se ressaltar a lacuna governamental. Segundo o filósofo Thomas Hobbes “É dever do Estado garantir o bem-estar da população”. Diante disso, percebe-se uma ineficiência de leis para os cargos de cuidado, ocupados em sua maioria por mulheres desprivilegiadas. Com isso, não se tem a garantia de direitos e remuneração justa, negligenciando e invisibilizando esses trabalhadores, podendo gerar o sentimento de desamparo.
Em segundo plano, ressalta-se a influência midiática. Desde seu surgimento a tecnologia influência o caráter social, pois como é exposto por Steve Jobs “A tecnologia move o mundo”. É presente em produções cinematográficas a presença de personagens de trabalho de cuidado estereotipados, como exemplo a Tia Anastácia da obra “Sítio do Pica-pau Amarelo”, contribuindo para ideias preconceituosas ligadas a raça e hierarquia social desses trabalhos.
Contudo, é necessária a atenção do Governo para o mercado de trabalho de cuidado, para realizar a criação de leis eficientes que assegurem direitos para essa parcela da população. Além de se esperar que a população cobre das mídias uma representação mais positiva. E com isso, ter mais valorização e visibilidade em cargos ocupados em maioria pelas mulheres.