A constituição federal de 1988, prevê em seus artigos diversos direitos como inerentes a todo cidadão brasileiro. No entanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando observamos a invisibilidade e a desigualdade dos trabalhos de cuidados feitos por mulheres. Diante dessa perspectiva, faz-se necessária a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de conscientização social para combater a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Na obra "Ensaio sobre a Cegueira" do escritor José Saramago, retrata uma ficção onde, aos poucos, as pessoas vão ficando cegas. Na trama, o autor usa dessa alegoria para criticar a falta de amparo e colaboração dos indivíduos, que só pensam em si próprios e não visam o bem-estar coletivo. Fora da ficção, na atual conjuntura brasileira, a realidade não se distancia do que foi abordado, tendo em vista que, a sociedade e o Estado indeferem, não valorizam e invisibializam os trabalhos feitos por mulheres.

Ademais, é fundamental salientar que o machismo é um grande causador do tratamento desigual as mulheres na sociedade. No filme "Minha mãe é uma peça", a personagem "Dona Hermínia" tem o papel exclusivo de dona de casa, onde o seu principal trabalho é cuidar dos filhos e realizar os afazeres domésticos. Diante de tal exposto, percebe-se que esses papéis são muito ligados as mulheres, que além de serem consideradas como um sexo frágil para realizar trabalhos, remunerados e não remunerados, sofrem o desrespeito da desigualdade e do machismo social, midiático e familiar.

Compreende-se, portanto, a necessidade de enfrentar e solucionar esses problemas. Cabe ao Estado - responsável pelo bem-estar de todos, por intermédio de campanhas e propagandas, incentivar a valorização dos trabalhos de cuidados realizado pelas mulheres, com a finalidade protegê-las da invisibilidade enfrentadas no dia a dia.

vivemos em um país capitalista, onde passamos mais tempo em nosso local de trabalho do que no nosso próprio lar. E por esse motivo, muitos cidadãos escolhem contratar diarista ou doméstica, um trabalho muito pouco valorizado e sem reconhecimento algum.
diante dessa invisibilidade, mulheres e até meninas de quatorze anos, que moram em bairros carentes, se submetem a um trabalho de situação deplorável, para receber menos que uma diária ou salário mínimo, apenas para levar o sustento a família.
A grande problemática dessa situação é o fato de que, as plataformas de comunicação, como jornais, revistas e páginas de notícias não tornam informações como essas um problema que deve ser resolvido pelo estado, e sensibilizado pela sociedade que sente tanto preconceito com moradores de comunidades carentes.
O estado deve estabelecer uma lei, onde tenha uma idade mínima para iniciar esse tipo de trabalho e os patrões serem obrigados a assinar carteira, com direito a salário mínimo, e caso não cumpram com a lei, sofrer um processo do próprio governo, e passar a enxergar pessoas que não conseguem trabalhar e dar um auxílio sem algum tipo de burocracia, esse tipo de atitude melhorará a vida de mulheres que necessitam de um sustento