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Por giovana0055
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O filme "Que horas ela volta", disponível na plataforma Globo Play, retrata a história de uma trabalhadora doméstica e o preconceito disfarçado que ela sofre da sua patroa. Ao sair da ficção, percebe-se que essa problemática ainda percorre a atual realidade brasileira: a informalização desse trabalho e a desigualdade salarial. Assim, é importante uma análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Primeiramente, é necessário pontuar que o descaso governamental frente à formalização desse meio laboral é o principal promotor da invisibilidade dessa parte da população. Nesse sentido, pela falta de oportunidade de emprego, muitos indivíduos buscam trabalhar como cuidadores domésticos, já que são contratados informalmente, é uma maneira mais fácil de conseguir dinheiro. No entanto, nota-se um risco de instabilidade financeira e, por isso, são submetidos à situações desrespeitosas em prol de um salário.
Ademais, outro impasse é a desigualdade salarial nesse local de labor. Dessa forma, as mulheres ocupam mais espaço nos cuidados domésticos devido à associação de que elas são mais aptas para isso, entretanto, segundo o IBGE, a mulher ganha 22% a menos que o homem. Assim, pela discriminação de gênero, elas vivem em uma situação mais vulnerável nesse trabalho. Desse modo, é preciso que haja uma mudança de postura perante esse cenário.
Portanto, soluções são necessárias para amenizar os desafios supracitados. Para tanto, cabe ao Poder Legislativo, órgão responsável por criar as leis que regem o país, por intermédio de debates, desenvolver medidas que assegurem a formalização do trabalho doméstico, com o fito de promover mais estabilidade econômica aos cidadãos. Além disso, é dever da mídia, por meio de campanhas, como em propagandas de televisão e redes sociais, conscientizar a população sobre a luta pela igualdade salarial, a fim de alcançar uma qualidade laboral às mulheres. Logo, é possível observar um Brasil com trabalhadoras de cuidado com melhores condições de vida.
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