- 15 Nov 2023, 16:32
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O quadro "O grito", de Edvard Munch, retrata o medo, a desesperança e a inquietude no semblante de um personagem envolto a uma atmosfera de profunda desolação. Para além da obra, observa-se que, na atual conjuntura brasileira, o sentimento de milhares de cidadãs assoladas pelos desafios enfrentados no trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil é, amiudamente, semelhante ao ilustrado pelo autor. Nesse viés, é crucial analisar as causas desse revés, nas quais se destacam a negligência governamental e a inadvertência da sociedade.
A princípio, é imperioso notar a indiligência do Estado potencializa os impasses para a mulher no trabalho de cuidado. Esse contexto de inoperância das esferas públicas exemplifica a teoria de Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, todavia, não exercem sua função social com eficácia. Diante tal exposto, devido à baixa atuação das autoridades, a falta de reconhecimento dos trabalhos de cuidado, como "babás" e cuidadoras de idosos e pessoas com deficiência por parte do Estado, faz com que, muitas vezes, a sociedade banalize esse trabalho de cuidado, tanto socialmente, quanto economicamente. Além disso, geralmente esses trabalhos são marginalizados e mal remunerados, visto que, se nem mesmo o Estado reconhece e valoriza esses trabalhos essenciais para a sociedade, quanto mais os indivíduos, e sem a realização desses trabalhos a economia e o meio social se estagnariam. Geralmente, essa é a única oportunidade de uma pessoa em situação de pobreza, e o Estado não pune aqueles que não remuneram devidamente esses profissionais por falta de legislações eficazes e atenção do Estado, as submetendo à situações desumanas, como maus tratos e salário injustos, prejudicando sua qualidade de vida. Assim, para completa refutação da teoria do estudioso polônes e mudança dessa lamentável realidade, faz-se necessário uma intervenção estatal.
Outrossim, é preciso apontar a indiferença dos indivíduos como outro fator de manutenção dos desafios enfrentados no trabalho de cuidado realizado pela mulher. Sob essa ótica, de acordo com Georg Simmel, o termo "atitude blasé", do seu livro "A Metrópole e a Vida Mental", descreve quando os cidadãos passam a agir com indiferença em situações que é preciso atenção. Diante desse cenário, constata-se que a sociedade "normaliza" situações que deveriam ser combatidas, não ignoradas, como por exemplo o machismo enraizado na sociedade, que coloca a mulher em uma posição obrigatória de cuidado, assim como diz aquele ditado "o lugar da mulher é dirigindo a boca do fogão", por conta disso, muitas mulheres são sobrecarregadas com as atividades domésticas diárias por não haver uma divisão igualitária com os homens, nas quais são submetidas a tarefas constantes de maneira incansável, o que acarreta, a longo prazo, estresse e doenças mentais como ansiedade, de modo que os sofrimentos cresçam em relação ao bem estar da mulher trabalhadora de cuidado, prejudicando seu convívio em sociedade, por conta dessa dura realidade atual. Logo, é inadmissível que esse cenário perdure.
Portanto, são necessárias medidas para amenizar os desafios enfrentados no trabalho de cuidado realizado pela mulher. Dessarte, a fim de reduzir os impasses enfrentados por essas mulheres, o poder legislativo, que é responsável pela criação de leis, por meio da inclusão de normas, deve promover novas medidas para valorizar o trabalho de cuidado e regularizar os salários, além de intervir aqueles que cometem maus tratos. Ademais, o governo federal deve promover campanhas de conscientização sobre a divisão igualitária de tarefas domésticas entre homens e mulheres. Espera-se, assim, que os sofrimentos retratados por Munch delimitem-se à arte.
A princípio, é imperioso notar a indiligência do Estado potencializa os impasses para a mulher no trabalho de cuidado. Esse contexto de inoperância das esferas públicas exemplifica a teoria de Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, todavia, não exercem sua função social com eficácia. Diante tal exposto, devido à baixa atuação das autoridades, a falta de reconhecimento dos trabalhos de cuidado, como "babás" e cuidadoras de idosos e pessoas com deficiência por parte do Estado, faz com que, muitas vezes, a sociedade banalize esse trabalho de cuidado, tanto socialmente, quanto economicamente. Além disso, geralmente esses trabalhos são marginalizados e mal remunerados, visto que, se nem mesmo o Estado reconhece e valoriza esses trabalhos essenciais para a sociedade, quanto mais os indivíduos, e sem a realização desses trabalhos a economia e o meio social se estagnariam. Geralmente, essa é a única oportunidade de uma pessoa em situação de pobreza, e o Estado não pune aqueles que não remuneram devidamente esses profissionais por falta de legislações eficazes e atenção do Estado, as submetendo à situações desumanas, como maus tratos e salário injustos, prejudicando sua qualidade de vida. Assim, para completa refutação da teoria do estudioso polônes e mudança dessa lamentável realidade, faz-se necessário uma intervenção estatal.
Outrossim, é preciso apontar a indiferença dos indivíduos como outro fator de manutenção dos desafios enfrentados no trabalho de cuidado realizado pela mulher. Sob essa ótica, de acordo com Georg Simmel, o termo "atitude blasé", do seu livro "A Metrópole e a Vida Mental", descreve quando os cidadãos passam a agir com indiferença em situações que é preciso atenção. Diante desse cenário, constata-se que a sociedade "normaliza" situações que deveriam ser combatidas, não ignoradas, como por exemplo o machismo enraizado na sociedade, que coloca a mulher em uma posição obrigatória de cuidado, assim como diz aquele ditado "o lugar da mulher é dirigindo a boca do fogão", por conta disso, muitas mulheres são sobrecarregadas com as atividades domésticas diárias por não haver uma divisão igualitária com os homens, nas quais são submetidas a tarefas constantes de maneira incansável, o que acarreta, a longo prazo, estresse e doenças mentais como ansiedade, de modo que os sofrimentos cresçam em relação ao bem estar da mulher trabalhadora de cuidado, prejudicando seu convívio em sociedade, por conta dessa dura realidade atual. Logo, é inadmissível que esse cenário perdure.
Portanto, são necessárias medidas para amenizar os desafios enfrentados no trabalho de cuidado realizado pela mulher. Dessarte, a fim de reduzir os impasses enfrentados por essas mulheres, o poder legislativo, que é responsável pela criação de leis, por meio da inclusão de normas, deve promover novas medidas para valorizar o trabalho de cuidado e regularizar os salários, além de intervir aqueles que cometem maus tratos. Ademais, o governo federal deve promover campanhas de conscientização sobre a divisão igualitária de tarefas domésticas entre homens e mulheres. Espera-se, assim, que os sofrimentos retratados por Munch delimitem-se à arte.