No livro “O Cidadão de Papel”, do jornalista brasileiro, a denúncia da ineficácia de diversos mecanismos legais é feita, evidenciando uma cidadania aparente - metáfora utilizada pelo autor. Nesse sentido, pode se relacionar tal premissa ao que ocorre no Brasil, por exemplo, o fator de ainda existirem desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, inviabilizando assim plenitude dos direitos cidadãos.

Essa contatação poder ser feita na medida em que há o nítido descaso governamental perante esse problema, pois não acontecem políticas públicas que visem aumentar o número de serviços de assistência/cuidado e que não seja mal pago. Desse modo muitos indivíduos sofrem, em sua maioria mulheres e meninas em situação de pobreza, ao ter que se dedicar quase que exclusivamente a tarefas familiares como cuidar de crianças, idosos, pessoas com doenças e deficiências físicas e mentais, bem como o trabalho doméstico diário, não sobrando assim tempo para que vivam dignamente.

Diante do exposto, é possível perceber que a invisibilidade do trabalho doméstico realizado pelas mulheres possui desdobramentos nocivos para a sociedade no Brasil. Portanto, compete aos cidadãos exigir que o Estado, mediante solicitações coletivas, como abaixo-assinados e manifestações virtuais, a fim de garantir uma vida digna, equidade e melhor remuneração, com a finalidade de cumprir o que está escrito na constituição federal e refutar a “Cidadania Aparente” abordada pelo jornalista brasileiro.