Segundo Paulo Freire, "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção". Analisando o pensamento do sociólogo brasileiro, essa realidade perpetua-se com a deficiência em letramento, e em detrimento da invisibilidade e negligência governamental, uma das maiores incógnitas do país.
Sob esse viés, é fundamental que a falta de debates acerca da importância de alfabetização seja superada. De acordo com Zygmunt Bauman, na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte. Entretanto, o pensamento do autor destoa- se da realidade atual no Brasil, de modo que dificulta a intervenção nesse problema.
Ademais, é fundamental apontarmos às falhas estatais, como a negligência governamental, fator agravante dessa problemática. Conforme Jhon Locke, "cabe ao Estado fornecer medidas que garantam o bem-estar coletivo". Partindo desse pressuposto, o instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE), concluiu que 11 milhões da população verde - amarela não sabem ler e escrever.
Portanto, é evidente a necessidade de enfrentar esses obstáculos. Cabe, ao Ministério da Educação - órgão responsável por gerir uma educação de qualidade - promover ensino de classe, investindo na construção de bibliotecas comunitárias e na formação contínua de professores, a fim de mitigar o analfabetismo funcional. Afinal, toda população precisa ter acesso às inúmeras possibilidades de criação. Assim, o conceito de Paulo Freire será uma realidade no Brasil.