A Constituição Federal de 1988, veio para consolidar a redemocratização do Brasil, tendo como um de seus princípios a valorização do legado de crenças, culturas e tradições de um grupo social. Entretanto, a sociedade brasileira não vive a realidade pregada na Carta Magna, onde culturas como a africana, em pleno século XXI são desvalorizadas. Desse modo, é preciso combater a omissão midiática e o racismo estrutural, os quais ocasionam a problemática.
Diante desse cenário, é preciso destacar que o silêncio da mídia intensifica a desvalorização da herança africana. Nessa ótima, a antropóloga Lilia Schwarcz elaborou o termo “política do eufemismo”, ou seja, determinados problemas tende a ser suavizados deixando de receber a visibilidade necessária. Assim, por não ser abordado, não recebe o olhar preciso para ser discutido e implementado uma visão sem estereótipos preconceituosos.
Ademais, é válido salientar que o racismo estrutural contribuí para o entrave. Nesse sentido, na obra Utopia, dirigida pelo autor Thomas More retrata uma “sociedade perfeita”, sem desigualdades e preconceitos. Contudo, pelo Brasil ter vindo de uma sociedade escravocata, onde os povos africanos eram escravizadas por causa da cor da pele e considerados inferiores, o preconceito racial ainda perdura nos dias atuais. E por isso, a sociedade brasileira não pode ser considerada “perfeita” como a de More. Tendo como consequência, o olhar preconceituoso diante a herança africana.
Portanto, faz-se necessário tomar medidas para resolver o problema. Nesse viés, cabe a mídia e ao Estado elaborar campanhas de conscientização, por meio de postagens em redes sociais e palestras com profissionais especializados na valorização da herança africana. Afinal, assim é possível cumprir o direito proposto pela Carta Magna.