É de significativa importância promover a valorização da herança africana no Brasil. Entretanto, existem desafios para que isso aconteça. Entre os entraves estão a negligência estatal e a invisibilidade social. Logo, ações são necessárias para mudar essa realidade.
Segundo Norberto Bobbio, filósofo italiano, a dignidade da pessoa humana é um atributo inerente ao ser humano, por isso, o direito ao respeito e a consideração lhes é cabível por parte do Estado. No entanto, é evidente que o poder público se faz ausente, uma vez que não consolida políticas públicas que assegure a valorização da herança africana no Brasil. Assim, faz-se necessário a reformulação dessa postura estatal.
Ademais, a filósofa Hannah Arendt, em sua teoria sobre a Banalidade do mal, destaca como a ausência de empatia e a reflexão individual pode levar ações prejudiciais. No contexto da valorização da herança africana, muitos indivíduos demonstram apatia em relação ao sofrimento alheio, contribuindo para a perpetuação da invisibilidade social. Consequentemente, a falta de envolvimento da sociedade com as questões coletivas e a indiferença diante da cultura desse povo, reforçam o problema, evidenciando que a resolução não depende apenas de ações estatais, mas também de uma mudança de atitude entre os cidadãos.
Portanto, é fundamental a atuação do governo e da sociedade civil para mudar esse quadro. Cabe ao Estado implementar políticas públicas para valorização da herança africana no Brasil. Isso deve ser mediante palestras nas instituições de ensino, incluir na grade curricular a história desse povo que foi desumanizado, mostrando aos alunos como a sua cultura contribuiu na formação da identidade brasileira. A partir dessas ações, o problema deixará de ser uma realidade no país.