A cultura africana é um dos pilares da identidade brasileira, influenciando aspectos como música, religião e culinária. No entanto, apesar de sua importância, essa herança cultural ainda enfrenta desafios para ser valorizada no Brasil, devido a preconceitos e discriminações que persistem. Assim, é fundamental refletir sobre os obstáculos que dificultam a valorização da cultura africana e sobre como supera-los.

Um dos principais desafios é a intolerância religiosa, especialmente contra religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Essas tradições, trazidas pelos africanos escravizados, sofrem discriminação, como ataques a templos e perseguição aos praticantes. Essa intolerância fere a liberdade religiosa e perpetua uma visão negativa da cultura afrodescendente. A música "A Carne", interpretada por Elza Soares, fala sobre a desvalorização e o preconceito sofridos pela população negra, evidenciando a necessidade de reconhecimento e respeito à herança africana no Brasil.

Outro obstáculo é a ausência da cultura africana no ambiente escolar, apesar da Lei 10.639/03, que estabelece o ensino da história afro-brasileira. A falta de formação para professores e de materiais específicos limita a implementação dessa lei, reduzindo o espaço dedicado à cultura africana nas escolas. Essa carência no currículo escolar contribui para que estereótipos e preconceitos se perpetuem, dificultando a valorização da identidade afro-brasileira.

Portanto, algumas atitudes são necessárias para findar os desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Para isso, o Governo Federal, no desígnio de manter o bem-estar social, por meio do Ministério da Cultura, deve intensificar os projetos voltados a valorizar a cultura afrodescendente com maior fiscalização quanto à religião e à educação, a fim de reconhecer a relevância desses costumes.