Em primeiro lugar, o preconceito cultural é uma das principais barreiras para a valorização da herança africana no país. O racismo estrutural e o preconceito arraigado na sociedade brasileira fazem com que manifestações culturais africanas sejam, muitas vezes, desvalorizadas ou marginalizadas. A capoeira, por exemplo, que é uma prática afro-brasileira, foi historicamente associada à marginalidade e enfrentou criminalização até meados do século XX. Esse estigma reflete uma visão preconceituosa que persiste em certas áreas, onde a cultura de origem africana é vista como “inferior” ou “exótica”, reforçando a exclusão social e a discriminação contra descendentes de africanos.
Além disso, a falta de políticas públicas voltadas à valorização dessa herança dificulta ainda mais a mudança desse cenário. A ausência de uma abordagem governamental consistente impede o avanço de projetos culturais, educacionais e de memória que promovam uma visão mais inclusiva e respeitosa da cultura africana no Brasil. A implementação de leis, como a Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas, foi um avanço importante. No entanto, sua efetivação enfrenta problemas de execução, resultando em práticas pedagógicas superficiais ou limitadas. Esse contexto evidencia uma lacuna entre o discurso e a prática, em que ações institucionais concretas são insuficientes para garantir o real impacto educacional e social.
Diante desse cenário, a valorização da herança africana no Brasil demanda esforços que vão além de iniciativas isoladas. É preciso fortalecer políticas públicas que promovam uma educação antirracista e inclusiva, que abordem de forma crítica o papel da cultura africana na construção da sociedade brasileira. Além disso, combater o preconceito cultural exige campanhas de conscientização que incentivem o respeito e o reconhecimento das tradições africanas, desmistificando estereótipos e promovendo o orgulho da diversidade.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora, de forma mediana, pouco consistente, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
A redação demonstra excelente domínio da norma-padrão e uma compreensão clara do tema, abordando os desafios para a valorização da herança africana no Brasil. As ideias são bem organizadas e articuladas, com uso adequado de conectivos. No entanto, a proposta de intervenção carece de um detalhamento mais robusto. Poderia incluir agentes específicos (como o Ministério da Educação), ações detalhadas (campanhas nas escolas) e meios (financiamento governamental) para atingir a finalidade desejada.
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