"A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, garante a educação e a dignidade humana como direitos de todo cidadão brasileiro. Entretanto, nota-se que tal prerrogativa não tem se reverberado na prática, visto que ainda há desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Portanto, faz-se necessária a análise dos principais fatores que contribuem para esse triste cenário: o racismo e o descaso estatal.
Em primeira análise, é importante destacar que os afro-brasileiros ocupam uma posição subjugada na sociedade brasileira, sendo marginalizados por atribui sua cultura africana. A partir desse contexto, após anos de inferiorização, os afro-brasileiros conquistaram diversos direitos sociopolíticos, como o direito de ter sua cultura preservada e ensinadas nas instituições. Todavia, mesmo com essas conquistas, ainda é notável que existe um racismo estrutural na sociedade contemporânea, já que, segundo o IBGE, um a cada dez afro-descendentes são mortos todos os dias no território nacional. Nesse sentido, por ser uma tradição enraizada, a valorização da herança africana é ignorado por grande parte do governo brasileiro.
Ademais, é imperioso ressaltar que a invisibilidade e a desvalorização desse tipo óbice resultam, em alguns casos, na falta de liberdade problemas, contrariando o direito estabelecido na Constituição. Conforme o filósofo Nicolau Maquiavel, o principal objetivo do governante é a manutenção do poder, deixando em segundo plano a busca pelo bem comum. Assim, é evidente que o Estado não se preocupa com a garantia dos direitos dos afro-brasileiros, refletindo na ausência de políticas públicas que assegurem uma preservação digna da cultura africana. Dessa forma, os afro-brasileiros se encontram desamparados, ao mesmo tempo, pela sociedade e pelo governo.
Portanto, é necessário promover ações concretas, as quais alterem o quadro de desafios para valorização da herança no Brasil. Logo, cabe às emissoras de TV, as quais são grandes formadoras de opinião da sociedade, realizar campanhas sobre a importância de lutar contra o racismo, por meio de anúncios publicitários, a fim de desconstruir ideias de subjugação presente no Brasil contemporâneo. Além disso, Governo Federal deve fiscalizar de forma constante as relações de racismo para garantir uma qualidade de vida e preservação da cultura africana."