Em "A Lógica do Pior", Clémmet Rosset afirma que o ser humano convive com o pior desde sempre. De fato, isso é visível dentro da desvalorização da herança africana no Brasil. Com isso, emerge problemas como Omissão midiática e negligência estatal.

Dessa forma, em primeira análise, é perceptível que a omissão midiática é o principal fator desta problemática. Segundo a filósofa Djamila Ribeiro, para pensar em uma solução para realidade, deve-se tirá-la da invisibilidade. O silenciamento da mídia acarreta na perpetuação do problema que ao invés de ser discutido e resolvido, acaba sendo ignorado.

Ademais, a mudança do "status quo" — o estado das coisas — é sempre penosa. Afirma Chimamanda Adichie, o impasse do Estado à mudanças é uma problemática significativa, pois pela estrutura de poder e ausência de investimentos a cultura africana foi se desvalorizando consecutivamente no Brasil.

Depreende-se, portanto, que é crucial a realização de uma intervenção. Para isso, o canal da Rede Globo deve criar um programa, trazendo em pauta a desvalorização da cultura dos afro-brasileiros, e entrevistar pessoas negras, a fim de sanar o silenciamento midiático e dar mais notoriedade para esse problema. Tal ação pode ter o auxílio de influenciadores digitais para conscientizar um maior público. Paralelamente, o Estado deve assumir as responsabilidades de notar e investir na cultura africana. Assim, com ações conscientes e coletivas pode-se construir um futuro mais justo e equitativo.