No filme sul-coreano "Parasita", vencedor do Oscar de 2020 e dirigido por Bong Joon-Ho em 2019, é retratada a diferença social entre as famílias Kim e Park. A família Kim enfrenta dificuldades financeiras e seus pais e filhos estão desempregados. A situação muda quando o filho consegue um emprego como professor de inglês para uma garota da família Park, e começa a frequentar sua casa, vendo a oportunidade de empregar sua família. Ao longo da história, é revelado que esse problema é causado pela desigualdade na distribuição de renda.

Fora das telas de cinema, a realidade retratada no filme pode ser relacionada ao século XXI, com o problema da dificuldade de acesso a serviços básicos e falta de acesso à educação. Segundo o IBGE, em 2017, 6 em cada 10 brasileiros viviam sem acesso a recursos cruciais, como educação, moradia, internet e saneamento básico. De acordo com Thomas L. Friedman, autor de "The World is Flat", a globalização tem intensificado a concorrência e a desigualdade.

Sem acesso a serviços básicos, há riscos de aumento de taxas de desnutrição e mortalidade infantil, e diminuição do crescimento econômico do Brasil. Como destacou Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. No entanto, o ensino brasileiro tem lacunas, colocando o país entre os piores em relação à falta de acesso à educação. O analfabetismo, muitas vezes causado pela evasão escolar, afeta milhões de pessoas no Brasil e tem impactos negativos na exclusão social e na saúde emocional dessas pessoas.

Portanto, é necessário que o Estado tome medidas para amenizar a situação. Para democratizar o acesso à educação, é urgente que o Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação invistam em estruturas adequadas nas escolas públicas. É preciso criar um programa para combater a evasão escolar, concedendo bolsas para estudantes da rede pública, e investir na infraestrutura escolar, como salas de leitura e atendimento educacional especializado. Somente assim será possível resolver a desigualdade social.

ótimo texto, escreve muito bem, parabéns. aliás, ótima escolha de repertório, muito bem pensado e o filme é maravilhoso. Bong Joong-Ho é um ótimo diretor.