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Por Cassenote
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#121765
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". A afirmação do filósofo Immanuel Kant pode ser facilmente aplicada ao difícil cenário da leitura da população brasileira, já que tal questão retrata a desvalorização do ensino, o que impede o desenvolvimento educacional, assim como a definição de Kant, na qual representa a importância da educação para a humanidade. Desse modo, não só a influência do meio, como também a indiferença atuam nessa realidade.
Em primeira análise, torna-se claro como a interferência do meio gera os impasses na prática da leitura. Essa situação acontece devido à carência de incentivo educacional e a não priorização da aplicação dessa ação no cotidiano escolar. Segundo o eminente sociólogo Émile Durkheim, o Fato Social consiste na influência do meio na maneira de ser, de pensar e de agir de um cidadão. Ao relacionar sua teoria à realidade brasileira, torna-se nítido que esse problema está diretamente relacionado com o desincentivo escolar, em virtude do desinteresse ao estímulo de atividades lúdicas que instruem a aplicabilidade desse mecanismo. Logo, o desincentivo das instituições de ensino dificultam o apreço pela literatura e a sua realização.
Além disso, percebe-se que o descaso dos indivíduos provoca as dificuldades na implementação do mercado editorial. Esse cenário acontece porque são raros os que têm o costume de se dedicar a ler eventualmente. De acordo com o Instituto Pró-Livro, aproximadamente 50% dos brasileiros não têm hábitos de leitura. Nessa perspectiva, nota-se que esse dado está vinculado ao desinteresse dos cidadãos na efetivação dessa atividade de lazer, pois privilegiam a execução de outros interesses e negligenciam a leitura. Portanto, esse comportamento impede a efetividade dessa cultura no território nacional.
Diante do exposto, é necessário perceber que medidas são urgentes para modificar o difícil cenário da leitura da população brasileira. Sendo assim, o Governo Federal, visto sua responsabilidade diante de graves adversidades, deve efetuar campanhas de incentivo à leitura, por meio de investimentos econômicos nas escolas, que visam despertar o gosto pela literatura. Ademais, também é seu dever de desenvolver estímulos cognitivos à população, por intermédio de eventos intelectuais, os quais propõe atrair novos leitores, a fim de seguir com a linha de raciocínio de Kant.
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