Segundo o autor austríaco Stefan Zweig, em sua obra, "Brasil: o país do futuro", a nação estava destinada a se tornar uma das mais importantes do mundo no futuro. No entanto, a previsão do autor ainda não foi concretizada, haja vista os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Assim, a solução do problema exige que se combata os antigos pensamentos e a invisibilidade social.
Diante desse cenário, o machismo estrutural representa uma postura retrógrada. Nesse sentido, a obra "Casa-grande e Senzala", escrita por Gilberto Freyre em 1933, denuncia a tendência do brasileiro de seguir padrões culturalmente enraizados e julgar preconceituosamente aqueles que eles divergem. Entretanto, não é razoável que ainda haja um grupo social que subjugue os outros, devendo, pois, ser repudiado em uma sociedade igualitária, a fim de que se combate os pensamentos opressores e a machidão.
Além disso, a exclusão social das mulheres que realizam trabalho de cuidado dificulta a garantia de tratamento digno. Desse modo, Simone de Beauvoir, expoente filósofa francesa, desenvolveu o conceito de invisibilidade social que diz respeito ao pagamento sofrido por alguns grupos marginalizados. Sob essa lógica o Brasil possui diversas figuras femininas que convivem com a diferença crônica denunciada por Bouvoir.
Portanto, observa-se a necessidade de impedir o avanço dos desafios enfrentados pela mulher que exerce o trabalho de cuidado no Brasil. Dessa forma, cabe ao Estado, enquanto garantidor de direitos fundamentais, não só criar programas que auxiliem no combate aos antigos pensamentos, como também, com ajuda midiática, proporcionar visibilidade as mulheres que demandam serviços de assistência. Tais ações que devem ser realizadas por meio do apoio de esferas federais, estudais e municipais, tem o intuito de atenuar os efeitos da situação. Assim, com essas medidas poder-se-á combater o revés no Brasil.