"Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". A declaração realizada pelo escritor e filósofo inglês Aldous Huxley, ao ser analisada sob a conjuntura atual, nos permite refletir sobre como a valorização da cultura afeicana é negligenciado no tecido social brasileiro, pois está afetando a vida de muitas pessoas. Nesse sentido, fatores como a capoeira em consonância com o dia da consciência negra não são desprezados, visto que esses são os principais elementos relacionados com a problemática.

A Constituição promulgada em 1988, apelidada "Constituição Cidadã", ampliou os limites tradicionais da democracia brasileira ao estender o direito à cultura para toda a população. Todavia é importante salientar que tal prerrogativa não está sendo garantida, tendo em vista que a dança em forma de luta (capoeira) vem perdendo seu espaço no Brasil. Portanto, é inadmissível que, em um país onde de paga uma das maiores taxas de tributos do mundo, o Estado não garanta políticas públicas capazes de corrigir ou reduzir essa situação.

Somando a isso, vale ressaltar que o dia da consciência negra é outro elemento que contribuí com essa valorização. De acordo Marielle Franco, uma mulher negra, vereadora, que lutou pelo seu povo e pelos seus ancestrais, mas foi assassinada brutalmente por lutar pela causa. Essa data é de extrema importância nos dias atuais, gerando debates sociais reveladores. Isso nos mostra que a população brasileira está diante de uma situação delicada e é por essa razão que ações devem ser tomadas para que todos possam viver com mais harmonia e com todos os seus direitos garantidos.

Desse modo, é importante que o Estado tome providências para alterar o quadro atual. Para darmos valor a esses povos, urge que o Ministério da Cultura, busque, por meio de parcerias com grupos afros e através da Lei Paulo Gustavo incentivar financeiramente esses projetos. Assim, será possível em médio ou longo prazo melhorar a herança deixada pelos africanos para a sociedade brasileira.