O filme "Madagascar" retrata o cenários propiciados aos animais dentro de ambientes como zoológicos e circos. O filme, sendo direcionado para crianças e adolescentes, busca conscientizá-los sobre o ambiente de preservação, que na contemporaneidade gera debates - em especial sobre desvalorização e desrespeito-, nos quais o Estado direciona pouca atenção.
Inicialmente, um entrave é o tratamento retrógrado de parte dos profissionais para com os animais, que agem - em maioria - com descaso as suas necessidades. De fato, tal banalidade evidencia a falta de moral, que é trazida pelo filósofo immanuel Kant: podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais. Um exemplo disso é a discriminação contra a alimentação de cada espécie, que generaliza uma nutrição superficial gerando descaso de parte da população, que dissemina o caráter excludente da boa alimentação - fato exposto em Madagascar em relação a refeição de Alex, o leão.
Outro desafio enfrentado pelos animais mantidos em cativeiro é a utilização de violência para sua total dominação. De acordo com Hannah Arendt, quando uma atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada. A frase da socióloga alemã mostra que, enquanto o Estado e os estabelecimentos não garantirem direitos de liberdade e bem-estar para as espécies - com respeito por parte dos profissionais e do público - tal minoria ainda estará sofrendo práticas discriminatórias.
Destarte, para que as espécies de animais consigam viver livremente no conforto, é preciso que a Coordenadoria de Defesa e Saúde Animal (CDSA), em parceria com as instituições de ensino, promovam campanhas anuais de como tratar as espécies sem discriminá-las, de maneira a garantir que as escolas e estabelecimentos possam ter movimentos sociais, facilitando a convivência desse grupo na sociedade. Em adição, o Estado deve divulgar propagandas institucionais ratificando a importância do respeito à biodiversidade para que a discriminação seja reduzida.