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Por RobertoSZ
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“Eu tenho um sonho. O sonho de ver os meus filhos sendo julgados por personalidade, e não por sua cor de pele”. Embora esse emblemático discurso, do ativista político estadunidense Martin Luther King, tenha sido transmitido no contexto social norte-americano, a sua ideia transpõe os limites geográficos e temporais da fala, enquadrando-se também na realidade brasileira. Nessa perspectiva, o hodierno cenário, no qual pessoas têm as suas capacidades discriminadamente ofuscadas por um juízo preconceituoso direcionado às suas características físicas, carece de símbolos representativos diversos para a inspiração da normalidade na convivência coletiva heterogênea. Sendo assim, é indispensável enunciar a omissão estatal e a inércia popular como os pilares da chaga.
Precipuamente, é mister ressaltar que o desmazelo por parte do poder público se encontra no epicentro do revés. Nesse sentido, de acordo com Nicolau Maquiavel, na obra “O Príncipe”, é dever dos governantes operar em busca de propiciar o equilíbrio universal. Apesar do Estado assegurar na Constituição Federal a igualde entre os indivíduos, o exercício pleno dessa prerrogativa não é observado no território brasileira. Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ainda em 2021, os negros compõem cerca de 75% da população mais pobre do país. Com isso ao assumir a pobreza como um estado de vulnerabilidade civil, fica evidente a desarmônica distribuição de recursos entre o corpo social, no qual a cor da pele pauta as condições e o destino de vida das pessoas.
Por conseguinte, com o fator econômico tornando-se o condutor dos ideais coletivos negros, os aspectos sociais são ignorados. Nesse contexto, a música “Voz ativa”, do grupo de rap Racionais Mc's, evidencia e questiona a inércia da população afrodescendente quanto a reinvindicação dos espaços artísticos e de influência no meio midiático, apontando o pauperismo como o pilar desorientador dessa comunidade. Sendo assim, tendo como resultado desse pernicioso cenário a homogeneidade da cor branca no universo comunicativo, o povo preto acaba se desencorajando, uma vez que a falta de figuras representativas nesse ambiente colabora para incrustar na consciência coletiva o pessimismo relativo a possibilidade de se galgar posições de prestígio social.
Portanto, com o objetivo de aumentar a diversidade e a inclusão, fomentando assim a prática da representatividade, primeiro é dever do Governo Federal limitar a pobreza no país a taxas mínimas com a distribuição justa e digna de renda às populações carentes, por meio da geração de empregos advindos de investimentos setor da construção civil que realizaria obras de requalificação da infraestrutura no país, e por consequência haveria uma promoção em cadeia do desenvolvimento do mercado de trabalho. Depois, o mesmo agente, por intermédio do Ministério da Cultura, ofereceria incentivos fiscais aos canais de comunicação que realizassem a captação de talentos em comunidades carentes, com a finalidade de ofertar oportunidades destinadas a papeis em quadros de importância social e de tornar esse meio mais diverso. Somente assim, o sonho de Martin seria realizado e a cor da pele não definiria os símbolos representativos da população e nem o seu destino.
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