Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que as contradições entre campo e cidade refletem desafios significativos em relação à adoção da tecnologia, à prática da agricultura de precisão, entre outros.
Convém ressaltar que a oposição entre campo e cidade deriva da baixa atuação dos setores governamentais no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades visto que a tecnologia nem sempre alcança 100% o campo, devido a vários motivos, como a falta de infraestrutura de conectividade e a resistência à adoção de novas tecnologias por parte dos agricultores pela falta de informações. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é imperativo ressaltar que apesar dos benefícios da agricultura de precisão, sua implementação enfrenta obstáculos significativos, visto que, a adoção dessa tecnologia é limitada em muitas regiões devido ao alto custo inicial de investimento e à falta de acesso por parte de pequenos produtores. Partindo desse pressuposto, a escassa disseminação dessas práticas retarda a maximação do potencial da agricultura de precisão.
Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática na sociedade brasileira. Dessa maneira, com o intuito de mitigar a divergência entre campo e cidade, faz-se necessário, que as políticas públicas sejam elaboradas e implementadas visando a democratização do acesso à tecnologia agrícola, à melhoria da infraestrutura de conectividade no campo e a divulgação de informações sobre tecnologias agrícolas. Logo, gradativamente, a nação poderia atingir os ideais utópicos de More.