Por muito tempo, os seres humanos viveram apenas como caçadores coletores, não existia a ideia de crescimento econômico pois o único objetivo na época era obter alimento para sobreviver. Nos tempos vigentes muita coisa mudou, hoje em um mundo cada vez mais globalizado, refletir sobre os impactos ambientais gerados pelo pensamento tradicional, voltado para o lucro máximo a qualquer custo, é de suma importância. Não se pode mais ignorar as malezas causadas ao meio ambiente, gerando um questionamento “é possível preservar o meio ambiente ao mesmo tempo em que se busca um crescimento da economia?”

O Brasil desde sua Constituição Federal atual, já celebra, na forma da lei, meios de influenciar a coletividade na busca pela preservação ambiental trazendo conceitos como a sustentabilidade. De fato, existe a obediência da população para com as políticas públicas voltadas ao tema, entretanto, muitas delas se usam de imposições para as empresas com respaldo na supremacia do poder público sobre o privado. As medidas tomadas, quando coercitivas, chegam a gerar efeitos positivos, porém bem abaixo do ideal.

Algo que influencia nessa dificuldade em se atingir o melhor aproveitamento de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, vem da própria natureza do ser humano. Richard Dawkins em seu livro O Gene Egoísta traz a afirmação de que “somos máquinas de sobrevivência a serviço dos genes”, sendo assim, sobreviver é o principal objetivo. Curiosamente, no mundo moderno, dinheiro pode ser encarado como sinônimo de sobrevivência, dificultando a plena execução de uma economia sustentável caso as empresas vejam essas condições como redutoras de seus lucros.

Fica evidente, portanto, que aliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente não é uma tarefa fácil. Apenas a criação de leis e critérios que obriguem as empresas a realizarem as medidas de sustentabilidade não são suficientes, é necessário ir direto para o fato gerador do problema, a busca pela sobrevivência. Apresentando, através de políticas públicas e propagandas governamentais, a visão de que a preservação de meio ambiente está diretamente ligada, não apenas com as adequações exigidas pelo Estado, mas também com a preservação da vida e continuidade da espécie.