No livro "Utopia" do inglês Thomas More, o autor discorre sobre um mundo perfeito onde o corpo social padroniza-se pela harmonia e paz. Entretanto essa ideia não é consolidada no cenário contemporânea vivido pela população brasileira. Um dos principais fatores que antagonizam com a concretização dessa obra, são todos os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, os mesmos são fortes empecilhos para a sociedade e suas causas estão inerentemente ligadas seja pelo contexto histórico de apagamento cultural, seja pela falta de conscientização da população.
Segundo o filósofo iluminista John Locke, " O homem é o lobo do homem", frase essa fortemente relacionada ao contexto de opressão da população afro, onde os colonizadores se viam como superiores e no direito de agredir, explorar e apagar a história/cultura da população negra. O que reverbera de forma negativa até os dias atuais, assombrando os povos afetados.
Ademais cabe ressaltar que a desvalorização vivênciada pelas populações africanas no cenário hodierno, é principalmente causada pela falta de conscientização e aprendizagem. Argumentação essa fortalecida pelo IBGE, o qual afirma que em média 40% da população brasileira, diz não ter aprendido o mínimo sobre cultura africana, tradições e história no Brasil, que não leve em conta exclusivamente o período escravocrata.
Portanto com o que fora apresentado, é evidente que cabe ao governo federal, através do ministério da educação, por meio de campanhas de conscientização e do maior aprofundamento em conteúdos que abordem personalidades e histórias de matriz africana, como o Luiz Gama, com fim de ensinar as pessoas e "dar voz" à população negra da nação verde-amarelo. Após a implementação disso, poderia se concretizar o livro "Utopia" juntamente das ideias de Thomas More por um país melhor.