No filme, "Lorax: Em busca da Trúfula perdida", os personagens principais lutam contra as grandes empresas para que a população possa viver em um mundo com árvores de verdade e oxigênio de graça. No entanto, tal prerrogativa não está longe da realidade, já que os brasileiros sofrem com os efeitos das crises ambientais, sendo perpetuadas com a ausência de políticas eficazes que não abrange toda a comunidade. Essa situação problemática ocorre, principalmente, em decorrência da substituição da manufatura para a maquinofatura e da ausência governamental.

Diante desse cenário, é válido ressaltar que a Revolução Industrial surge como outro grande imbróglio. Desse modo, com a ascensão da burguesia e a alienação do proletariado, o meio ambiente é invisibilizado e perde a sua importância para o comércio e o trabalho, com isso a massa mais pobre, que padece de educação escolar e ambiental, fica reclusa e demora para perceber os impactos da crise climática e a diminuição dos recursos não renováveis, sendo exatamente o que os donos de indústrias querem para aumentar os seus negócios e não faltar matéria-prima barata. A falta de seguridade dessa ordem ocasiona a desigualdade e a atenuação dos problemas ambientais, como o desmatamento e a liberação de gases tóxicos.

Em segundo lugar, é fundamental avaliar, ainda, o quanto que a inércia estatal contribui para o agravamento desse impasse. Conforme o livro, "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, é perceptível que a sociedade carente surge como umas das maiores vítimas das secas, porque não conseguem trabalhar e comprar comida, vivenciando o abandono do Estado quanto aos direitos sociais da pessoa humana. Essa realidade fictícias não é diferente da atual conjuntura, pois os problemas do clima mundial causam impactos iguais, como secas e enchentes, em famílias destituídas de bens. Consequentemente, o corpo social não consegue entender a razão desses desastres naturais, que é intesificado pela falta de informações sobre os modos de degradação da natureza e por estarem ocupados com as suas sobrevivências em locais precários.

Portanto, é imprescindível que ações sejam tomadas para a resolução desse obstáculo. Para isso, o Ministério da Educação — órgão responsável pelas políticas educacionais brasileiras — deve investir na educação não privada e em projetos ambientais gratuitos, por meio de palestras e debates, para que todas as crianças e adolescentes possam compreender a importância de adotar ações de conservação e reestruturação ambiental. Além disso, cabe ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome — instituição que tem o objetivo de combater a pobreza — criar iniciativas de caridade para os indivíduos em calamidades ecológicas, garantindo moradias seguras, empregos estáveis e educação de qualidade, por meio de grupos de ajuda, a fim de que os cidadãos que estão em situação de desarmonia social, em catástrofes, não sejam prejudicados financeiramente.