Na obra "Ensaio sobra a cegueira", de José Saramago, o autor retrata ao leitor a história de um país tomado por uma epidemia de "cegueira branca": os infectados deixam de enxergar tudo somente um véu branco, leitoso. O livro não trata apenas da cegueira física, mas da moral. Fora da ficção, a obra está intimamente ligada ao cenário brasileiro, em que a pandemia atrapalha o avanço da educação sendo configurada como um problema a ser enfrentado. Assim, têm-se o foco, como causas principais, a falta de mecanismo de suporte ao novo ensino e a má influência midiática.
Sob esse viés, deve-se se ressaltar a escassez de recursos a nova realidade da educação. Dessa maneira, as autoridades possuem papel inerte em relação ao não suporte aos docente e discentes para aumentar a interação de professor e aluno, mesmo sem o contato físico. Logo, por conta desse cenário, cria-se um ambiente propício ao retrocesso no contínuo processo de aprendizagem.
Além disso, a postura da mídia, com base no empecilho, potencializa a problemática. Nesse sentido, Pierre Bourdie afirma que o que foi criado para ser instrumento da democracia não pode ser convertido em um mecanismo de opressão. Todavia, a pátria vai de encontro com esse pensamento, dado que os instrumentos midiáticos omitem o retrocesso da educação devido ao novo estilo de ensino que é pouco conhecido pela maioria estudantes e mentores. Consequentemente, nota-se o descaso com esse problema pela população devido à falta de propagação de informações.
Portanto, medidas exequíveis são indispensáveis a fim de conter o retrocesso do ensino no país. Diante disso, urge que o Governo Federal crie, por meio de verbas governamentais, caravanas de ensino remoto que entreguem suporte aos professores de como gerir aulas no remoto. Além de aulas de reforço para os alunos que demonstrarem dificuldade em acompanhar a nova metodologia.