Segundo a renomada pensadora brasileira Djamila Ribeiro, o primeiro passo para solucionar uma questão social é tirá-la da invisibilidade. Contudo, atualmente no Brasil, a emergência climática se apresenta como grave problema social, caracterizando-se como um desafio que afeta diretamente as condições de vida da população e o futuro do planeta. Sendo assim, torna-se crucial dissertar acerca da necessidade urgente de ações efetivas para mitigar as consequências das mudanças climáticas. Nesse contexto, é evidente que os dois maiores propulsores desse revés são: a negligência estatal e a ignorância social.

Ao analisarmos a situação atual, é notório que a inoperância governamental seja o fator determinante para a permanência desse impedimento. Isso se dá porque a Constituição Federal de 1988 estabelece claramente o dever do Estado em garantir o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Portanto, é imprescindível que o poder público reavalie suas funções e responsabilidades nessa área crucial. Assim, implementando políticas públicas eficazes para combater essa problemática.

Outrossim, é visível que no cenário brasileiro a realidade se distancia do que é previsto pela Constituição Federal. Com um crescente índice de exclusão social e degradação ambiental, evidenciando o descaso da máquina pública em relação ao bem-estar da população. Segundo dados do G1, cerca de aproximadamente 30% da população brasileira vive em áreas vulneráveis a desastres naturais relacionado às mudanças climáticas, refletindo um alarmante índice de comunidades vulneráveis, ressaltando a urgente necessidade de informação adequada para os indivíduos. Portanto, ações midiáticas – canais de fácil comunicação – se fazem necessárias para mitigar esse óbice.

Entre tanto, é imprescindível a execução de intervenções funcionais para dissolver esse dilema. Para isso, mobilizar o governo federal – instância responsável pelo desenvolvimento do país – em parceria com a mídia e organizações não governamentais é fundamental. Campanhas educativas e informativas podem implementar para a sensibilização e conscientização. Dessa forma será possível que as vozes silenciadas sejam ouvidas e que ações concretas sejam implementadas. Assim, promovendo um ambiente acolhedor e tirar as questões discutidas da invisibilidade.