- 18 Mar 2024, 18:35
#127997
Na obra distópica "O conto da Aia", de Margaret Atwood, as mulheres denominadas marthas são responsáveis pelos afazeres domésticos e recebem pouca ou nenhuma remuneração, visto que o governo considera seu exclusivo dever naquela sociedade. Análogo a ficção, no Brasil, essa realidade de implícita e, por vezes, também explícita, imposição nas moças para cumprir tarefas domésticas e de servidão sem reconhecimento algum é observada devido a aspectos como a visão machista perpetuada na população e a inércia do Estado. Dessa maneira o déficit de considerar a importância das mulheres que cuidam dos indivíduos brasileiros torna fulcral a reflexão a respeito do assunto.
Sob esse viés, é relevante ressaltar que a normalização da ótica de que os seres do sexo feminino tem integral obrigação de serem prestativos e, além de realizarem esforços no lar de limpar e passar, dar assistência a entes queridos, por conta de aprendizados enraizados machistas, faz persistir esse terrível cenário. De acordo com Immanuel Kant, filósofo iluminista, o homem é tudo aquilo que a educação faz dele. Nessa perspectiva, a perpetualização, na sociedade, de práticas que ferem e inferiorizam as mulheres, ensinadas de maneira oral, e a falha educacional em estimular a desconstrução dessas práticas acarreta no sentimento de desvalorização.
Ademais, a negligência estatal em mostrar aos cidadãos da nação verde-amarela a grandiosidade dos serviços de cuidado realizados pelas mulheres para o desenvolvimento socioeconômico e, com isso, fornecer algo que honre essa valorização é responsável por ainda existir entraves na visibilidade dessas cidadãs no tecido social. Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, a instituição governamental tem o papel de oferecer o bem-estar social a todos. Sob essa ótica, porém, a falta de ação do governo em reconhecer a marginalização do gênero feminino nessas atividades - sendo válido salientar que a maioria é de baixa renda - e promover políticas públicas que tragam dignidade a essas pessoas corrobora para a problemática.
Portanto, é necessário que atitudes sejam tomadas para sanar o descaso que a invisibilidade de pessoas do gênero feminino que realizam o trabalho de cuidado causa. A fim de que a população feminina passe a ser valorizada quanto ao trabalho diário que assumem ao cuidar do lar e dos que nele fazem parte, é dever do Ministério da Educação, através das instituições educacionais, organizar e implementar palestras que mostrem o importante papel desempenhado por essas mulheres, assim como o Ministério do Trabalho promover um programa que identifique as mulheres que prestam serviços no cuidado de pessoas e formatizem um salário adequado. Desse modo, as cidadãs brasileiras serão visibilizadas.
Sob esse viés, é relevante ressaltar que a normalização da ótica de que os seres do sexo feminino tem integral obrigação de serem prestativos e, além de realizarem esforços no lar de limpar e passar, dar assistência a entes queridos, por conta de aprendizados enraizados machistas, faz persistir esse terrível cenário. De acordo com Immanuel Kant, filósofo iluminista, o homem é tudo aquilo que a educação faz dele. Nessa perspectiva, a perpetualização, na sociedade, de práticas que ferem e inferiorizam as mulheres, ensinadas de maneira oral, e a falha educacional em estimular a desconstrução dessas práticas acarreta no sentimento de desvalorização.
Ademais, a negligência estatal em mostrar aos cidadãos da nação verde-amarela a grandiosidade dos serviços de cuidado realizados pelas mulheres para o desenvolvimento socioeconômico e, com isso, fornecer algo que honre essa valorização é responsável por ainda existir entraves na visibilidade dessas cidadãs no tecido social. Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, a instituição governamental tem o papel de oferecer o bem-estar social a todos. Sob essa ótica, porém, a falta de ação do governo em reconhecer a marginalização do gênero feminino nessas atividades - sendo válido salientar que a maioria é de baixa renda - e promover políticas públicas que tragam dignidade a essas pessoas corrobora para a problemática.
Portanto, é necessário que atitudes sejam tomadas para sanar o descaso que a invisibilidade de pessoas do gênero feminino que realizam o trabalho de cuidado causa. A fim de que a população feminina passe a ser valorizada quanto ao trabalho diário que assumem ao cuidar do lar e dos que nele fazem parte, é dever do Ministério da Educação, através das instituições educacionais, organizar e implementar palestras que mostrem o importante papel desempenhado por essas mulheres, assim como o Ministério do Trabalho promover um programa que identifique as mulheres que prestam serviços no cuidado de pessoas e formatizem um salário adequado. Desse modo, as cidadãs brasileiras serão visibilizadas.
Assinado por Flicker2307