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Por Kauanna111
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O romance filosófico "Utopía" — criado pelo escritor inglês Thomas More no século XVI — retrata uma civilização perfeita e idealizada, na qual a engrenagem social é altamente segura e desprovida de conflitos e problemas. Tal obra fictícia, mostra-se distante da realidade contemporânea no tocante aos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Esse panorama lamentável ocorre não só em razão da negligência estatal mas também da desigualdade social.
Nesse viés, é primordial destacar que a negligência estatal deriva da ineficácia do Poder Público, no que concerne a criação de mecanismos para que coíbam tais recorrências. Sob a perspectiva do filósofo contratualista John Lock, o Estado foi criado por um pacto social para garantir direitos fundamentais aos cidadãos. Entretanto, é notório o rompimento desse contrato social no cenário hodierno brasileiro, visto que, a desvalorização do trabalho da mulher através do cuidado no lar ou com pessoas tem crescido progressivamente, e de forma contínua. Destarte, fica evidente a ineficiência das máquinas administrativas na resolução dessa situação.
Além disso, vale ressaltar que a desigualdade social apresenta-se como outro desafio da problemática. Segundo a Constituição Federal de 1988, "todos são iguais perante a lei" Tal conceito abordado não é materializado no Brasil. Haja vista que, trabalhos sociais com indivíduos que necessitam de maior atenção e domésticos, como: lavar, cozinhar e limpar, são realizados por mulheres com menores condições de renda. Essa desigualdade contribui para a perpetuação desse quadro deletério, já que retarda o combate à invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher.
Infere-se, portanto, a necessidade de mitigação dos entraves em prol da valorização e melhor remuneração do trabalho de cuidado. Cabe ao Congresso Nacional mediante o aumento do percentual de investimento, proporcionado por uma alteração na lei de Diretrizes Orçamentárias, ampliar o acesso à informação através das mídias e por meio de palestras ministradas por profissionais especializados na área de Política de Direitos Humanos, com o objetivo de sensibilizar, informar e conscientizar a população. Desse modo, poder-se-á concretizar a Utopia de Morus na sociedade brasileira.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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