Segundo a filósofa Bárbara Carine, o processo de colonização forçada resulta num drástico apagamento histórico e cultural. No Brasil, este processo foi protagonizado pelos europeus - após a abolição da escravidão, os africanos continuaram submissos e silenciados - resultando na desvalorização da herança africana na nação brasileira.
A Carta Magna, torna obrigatório o ensino afro-brasileiro nas instituições. Bárbara, afirma que o letramento racial brasileiro é precarizado além da negligência do Governo Federal - marjoritariamente ocupado por brancos- a falta de profissionais pedagógicos especializados nas zonas periféricas contribuem para este cenário.
A burguesia é responsável por essa invisibilidade histórica. O professor de história e filósofo Célio, cita no seu projeto antirracista do NEAB- Núcleo Estudantil Africano e Brasileiro a frase -"construímos as metrópoles, mas elas não pertencem ao nosso povo"- que relata a realidade de Salvador, atualmente, marcada pela desigualdade social, tornando o maior centro de heranças africanas exclusivas aos que tem o poder. Roubando a identidade do povo negro e explorando sua própria existência.
Por isso, é crucial a implementação de políticas afirmativas do Estado como o processo de letramento étnico e racial, bem como investimentos culturais com iniciativa do ministério de arte e cultura é fundamental a criação de projetos de democratização ao acesso de pontos turísticos, assim, valorizando todo o histórico diásporico africano no Brasil.