"Ah, comigo o mundo vai modificar-se. Não gosto do mundo como ele é". Assim como o pensamento de Carolina Maria de Jesus sobre sua realidade de desigualdade social e racial, hodiernamente há de se adotar a mesma concepção de desgosto perante à valorização da herança africana, visto que precisa se modificar em prol do progresso nacional. Contudo, ressaltam-se os desafios para esta condição alarmante: negligência estatal e silenciamento midiático.

A máquina pública carece de ações para reverter o óbice da desvalorização da herança africana. Como afirma Thomas Hobbes: "Sem Estado não há civilização, não há cidadania, não há paz". Essa citação evidencia a importância do poder público na manutenção de leis e deveres coletivos. Diante disso, a falta de investimento na educação sobre o legado africano traz desconhecimento dos cidadãos, que fere o direito do artigo sexto da Constituição Federal.

Além disso, sabe-se que as mídias causam grande impacto na sociedade atualmente. Ademais, o silenciamento midiático voltado para a cultura africana causa uma interferência na exautação e conhecimento desse legado, visto que preferem o investimento em temáticas que geram lucro.

Em suma, é necessário para a diminuição dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil, o Ministério da Educação, órgão que trata das questões educacionais no país, emita verbas para a educação da cultura africana, por meio de palestras de conscientização nas escolas. Outra alternativa é a mídia dar visibilidade a esse legado. Somente assim será possível diminuir o revés.