Com as palavras da intelectual e escritora Djamila Ribeiro: “Para pensar em uma solução para uma realidade, é necessário tirá-la da invisibilidade”. No contexto da citação, a herança africana e a sua desvalorização, é um assunto invisível para a sociedade, pois é notório que nos casos televisionados e mostrado pela mídia, encontra-se vítimas e casos de violência em questão da identidade cultural.
Em primeira análise, é favorável falar sobre a mentalidade social e o preconceito enraizado da população, a herança é um legado de crenças, costumes e tradições de um grupo social, passando de geração para geração. O qual é necessário um reconhecimento, valorização, ética e uma educação para respeitar e entender que a cultura africana faz parte da cultura brasileira. É fato, o Brasil é um dos países com maior diversidade de heranças no mundo e, aos poucos, o legado africano vai se apagando, pelas causas do individualismo, discriminação e falta de informação, alienação, dos grupos sociais que desconhecem de seus direitos.
No livro, "o pagador de promessas", é retratada a vida de um homem, grato por suas realizações, vai á procura de um terreiro para pagar sua promessa, ao chegar à igreja, o descobrem e ele acaba sendo morto e crussificado, nessa obra é contextualizada o preconceito com as raízes Africanas no Brasil, e desde o começo da história, com a escravização dos povos da África, é notório a luta dessas pessoas sem o devido reconhecimento e poder.

Portanto, medidas são necessárias para a solução do problema. Com o ministério da cultura e os poderes públicos, vai ser elaborado uma agenda pública, a criação de leis mais rígidas em casos de violência, e investimentos financeiros em prol da valorização, com palestras, pontos de apoio em caso de vítimas, incluindo ajudas psicológicas, a inclusão da cultura nas escolas com livros, bonecas e explicitar o forte legado africano. E diante desses meios, a herança africana vai ter o seu devido lugar.