Segundo a pensadora brasileira Djamila Ribeiro, o primeiro passo a ser tomado para solucionar uma questão, é tirá-la da invisibilidade. Porém, existem diversos obstáculos para a quebra do estigma relacionado a valorização da herança africana no Brasil. Nesse contexto, é de extrema importância a quebra do preconceito direcionado a população afro-descendente no país.
Ademais, a nação possui o legado da cultura negra enraizado ao longo de toda história. A primeira capital do Brasil está diretamente ligada aos acontecimentos históricos de resistência negra, que ocorreram ao longo dos séculos. Em 1835 a capital baiana foi sede para a Revolta dos Malês, levante de negros que ocorreu em prol a liberdade dos escravos do engenho. Este evento foi homenageado pelo bloco afro "Malê Debalê", que traduzindo para o português, significa "Negros Felizes".
Os blocos afros como um todo, estão diretamente ligados às religiões de matriz africana, tendo suas canções representando suas lutas e sua fé. Embora esses não possuam a representatividade que merecem, levar as ruas sua cultura é uma das formas de preserva-lá representativamente. Além de que, a maioria surgiu durante o contexto da ditadura militar, onde os negros festejavam tentando combater o racismo e o preconceito que sofriam na época.
Portanto, é de extrema importância a promoção de projetos que retratem sobre a cultura afro no sistema de educação do país. Deste modo, é necessário que o Ministério brasileiro da Educação aplique a disciplina "História e cultura afro-brasileira e indígena" no currículo de formação básica desde o fundamental um, de modo que seja reforçado a ideia de preservar a cultura negra no Brasil.