Diante desse panorama, convém destacar a insuficiência de ação estatal. Sob esse viés, o filósofo Nicolau Maquiavel afirma que os governantes oriem suas decisões pela lógica de manutenção do poder e relegam o bem comum a Segundo plano. Nessa lógica de autopreservação, instala-se um quadro de negligência política: recursos destinados a programas
de permanência escolar permanecem restritos a grupos reduzidos de estudantes porque
políticas voltadas a esse grupo não geram retorno eleitoral significativo aos políticos, já que essa
é uma população que, majoritariamente, não vota. Por conseguinte, o abandono escolar mantém milhões de jovens afastados de
melhores oportunidades de trabalho, favorecendo a exclusão social e reduzindo a mobilidade
econômica no país.
Ademais, a omissão social diante da exclusão educacional prematura contribui de forma
decisiva para sua persistência. Nesse sentido, a filósofa Hannah Arendt, em seu conceito de
“banalidade do mal”, explica que problemas sociais se consolidam quando a população aceita situações problemáticas como naturais. Sob essa ótica,
nota-se que grande parte da sociedade tende a encarar crianças e adolescentes fora da escola,
trabalhando desde jovens, como algo comum e pouco relevante, o que reduz debates públicos
sobre o tema e enfraquece a pressão por políticas efetivas. Assim, há a “banalização do mal” da evasão escolar, na qual a gravidade do fenômeno
se dilui e se converte em rotina socialmente aceita.
Portanto, cabe ao Estado - detentor dr recursos para a transformação social - promover campanhas de conscientização popular, como "A Educação Transforma", por meio de oficinas educativas em comunidades vulneráveis e comerciais televisivos que valorizem a permanência de jovens na escola, a fim de mitigar os impactos do abandono prematuro dos estudos. Assim, será possível que a educação alcance seu potencial emancipador proposto por Paulo Freire e impedir que a evasão escolar continue a produzir as estruturas excludentes que marcam a história do país.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Embora ainda possa apresentar alguns problemas no desenvolvimento das ideias, o tema, em seu texto, é bem desenvolvido, com indícios de autoria e certa distância do senso comum demonstrando bom domínio do tipo textual exigido.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
Erros principais: 1) Gramática/ortografia: “oriem” (orientem), “a Segundo plano” (em segundo plano), “dr” (de) e falhas de grafia/acentuação com textos como “A Educação Transforma” sem uniformidade; 2) Estrutura: ausência de marcação clara de introdução, desenvolvimento e conclusão; algumas ideias ficam soltas sem progressão lógica; 3) Coesão: uso de conectivos apresentando falhas de fluidez entre parágrafos; 4) Intervenção: há proposição de campanha e oficinas, mas falta detalhar quem executa, meios específicos e metas mensuráveis. Sugestões: corrigir grafias e maiúsculas, reescrever trecho para clareza oracional; usar conectivos como “além disso”, “porém”, “consequentemente”; e ampliar a intervenção: Estado (agente), ação (implementar campanhas), meio (escolas comunitárias, parcerias com ONGs, mídia), finalidade (reduzir evasão em X% até 20YY) com indicadores. Exemplo de melhoria: “O Estado, por meio da Secretaria de Educação, deve implementar campanhas de conscientização (meio: escolas, redes sociais e TV), com ações de acompanhamento pedagógico e bolsas de permanência, visando reduzir a evasão escolar em 30% nos próximos sete anos.”
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