Como afirma a ativista Palestina Malala, "A educação é o principal instrumento da emancipação da mulher". Entretanto, no Brasil, a evasão escolar tem dificultado essa emancipação, devido a fatores como baixa renda e estrutura familiar precária, o que impõe grandes obstáculos diários a essas meninas de 12 a 17 anos. Consequentemente, comprometendo seu desenvolvimento educacional e dificultando sua inserção social e profissional na sociedade.
Deste modo, um dos principais obstáculos direcionados a este público feminino adolescente, é a baixa renda familiar e estrutural. Em que, diversas garotas deixam de frequentar o ambiente escolar, por motivos de não terem acesso mínimo a produtos de higiene básicos femininos, tal como absorventes, as quais no período menstrual evitam participar das aulas, por questões mentais e desconfortos físicos. O que desencadeia um acréscimo na evasão escolar mensalmente, além de falhar no cumprimento do direito a educação e acesso básico a produtos de higiene, constituído na Constituição Federal de 1988.
Como resultado destes impasses correlacionados a evasão escolar, a formação e continuidade educacional, ficam comprometidos, a modo de que criam um "abismo" entre a preparação social e a qualificação profissional dessas estudantes. Sendo que, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os jovens que não concluíram o ensino médio e superior, tendem a serem vulneráveis a taxa de desemprego e exclusão profissional.
Logo, as instituições estaduais locais, devem formar parcerias com empresas de higiene pessoal, tal como a Sempre Livre. De modo, a formarem um programa escolar público, o qual disponibilizará kits de limpeza e higiene feminina, como absorventes e sabonetes íntimos. Além de oficinas educativas sobre saúde menstrual e direitos femininos. Com o intuito de acabar com a evasão escolar brasileira, tornado a afirmação de Malala um fato na sociedade.