Em uma sociedade em constante transformação, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de repensar estruturas que limitam o pleno desenvolvimento humano. Dentre os desafios enfrentados pelos estudantes, destaca-se a evasão escolar, que compromete não apenas o bem-estar coletivo, mas também os princípios de igualdade. Tal cenário é impulsionado, sobretudo, pela omissão governamental e pelas desigualdades sociais.

Antes de tudo, percebe-se um evidente descaso do governo quanto ao abandono escolar. Mesmo garantido na Constituição de 1988, o direito à educação universal e igualitária não se concretiza na prática, principalmente no que diz respeito ao suporte necessário ao aluno em vulnerabilidade. Como resultado, a falta de apoio para a família e para o estudante acaba gerando prejuízos sociais e financeiros no presente e no futuro, agravando, assim, a evasão escolar.

Além disso, é cabível ressaltar que tais desigualdades sociais também impactam no desempenho acadêmico. Nesse sentido, conforme a filósofa Hannah Arendt, "A educação é uma das bases para a formação humana e para o direito à dignidade". Todavia, essa visão não se efetiva na realidade, pois a ausência de apoio familiar e governamental leva à desmotivação, dificuldades de aprendizagem e, muitas vezes, ao abandono dos estudos, perpetuando o ciclo de desigualdade e vulnerabilidade.

Portanto, cabe ao Estado investir uma maior parcela do PIB na educação para combater a evasão escolar. Essa ação deve ocorrer por meio do Ministério da Educação (MEC), órgão responsável por elaborar planos e políticas públicas, que devem garantir suporte material e psicológico aos alunos, proporcionando um ambiente de aprendizado saudável e inclusivo. Assim, será possível reduzir os impactos causados pela omissão governamental e promover o desenvolvimento social.