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Por marisantiags
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Em muitas cidades, os indivíduos que vivem nas ruas lutam para ter acesso aos direitos básicos. A filósofa Hannah Arendt, ao afirmar que "a essência do ser humano é o direito a ter direitos", destaca a importância fundamental de garantir a todos os cidadãos seus direitos básicos, independentemente de sua condição social. Entretanto, ao observar a realidade brasileira, torna-se evidente que o preceito estabelecido pela filósofa não se verifica, uma vez que a exclusão social dos moradores de rua é persistente. Com efeito, a invisibilidade social e a disparidade socioeconômica constituem desafios significativos para a inclusão desse grupo.

Sob esse viés, é necessário analisar o estigma social como um fator influenciador desse problema. Acerca disso, na música "O Resto do Mundo", de Gabriel O Pensador, o artista expressa os sentimentos e desejos de uma pessoa que vive em extrema pobreza, alguém que é considerado o "resto" pela sociedade. Nesse contexto, no Brasil, a realidade refletida na canção é a mesma, visto que muitas pessoas têm uma visão estereotipada de que indivíduos em situação de rua são preguiçosos, criminosos ou responsáveis pela própria condição, reforçando barreiras sociais e institucionais e dificultando o acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e emprego. Assim, a sociedade, ao desumaniza-los, nega-lhes a dignidade e os direitos básicos, exacerbando a vulnerabilidade e perpetuando a exclusão social.

Ademais, é inquestionável que a desigualdade social esteja entre as causas do revés. Segundo Karl Marx, a divisão de classes e a concentração de riqueza nas mãos de uma elite dominante resultam na exploração e marginalização das classes trabalhadoras. Analogamente, no contexto brasileiro, a concentração de riqueza nas mãos de poucos deixa a maioria da população sem acesso a oportunidades essenciais, criando um ciclo de pobreza difícil de romper. Dessa forma, essa disparidade impede que pessoas em situação de rua tenham chances reais de melhorar suas condições de vida, pois a falta de recursos e apoio torna quase impossível a ascensão social e, consequentemente, resulta na exclusão social. Em suma, é imprescindível a resolução efetiva desse obstáculo que perpetua a exclusão dos moradores de rua.

Portanto, faz-se necessária a inclusão social dos moradores de rua no Brasil. Logo, cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social, órgão responsável pela gestão nacional da política de assistência social, mediante maior destinação de verbas públicas, desenvolver programas que combatam a pobreza e garantam moradia digna, além de serviços de saúde, educação e qualificação profissional para todos, visando à melhoria da qualidade de vida dos moradores de rua e à garantia de seus direitos básicos.
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