No livro "A cor Púrpura" de Alice Walker temas como: preconceito racial, violência, emancipação feminina e perda da essência de um povo sem terra retrata bem a herança afro-brasileira.
Um povo deslocado de sua terra natal apenas para ser escravizado, humilhado e explorado é a principal tema da tão famosa novela "Escrava Isaura" famosa não apenas no Brasil como em outros partes do mundo.
No que se refere, o Brasil sempre foi um país bem acolhedor e multicultural, usufruindo da cultura e costumes de outros países. Paralelamente, existe um tabu do qual precisa ser quebrado, afinal o Brasil sempre soube valorizar as culturas de outros lugares, contudo nunca soube valorizar as heranças de uma cultura que existe desde a época da escravidão. No entanto, artistas e cantores como Bacu, exu dos blues, valorizam a suas origens, através da arte Bacu com suas letras carregadas de emoções, de emancipação, de realismo e preconceitos, não deixando assim a cultura afro-brasileira morrer. Dessa forma, expressões estão enraizadas no cotidiano brasileiro seja nas danças, seja nos pratos típicos, na religião, nas músicas, nas artes, nas ruas a herança africana vive livre, porém poucos conseguem contemplar essa riqueza, contudo, isso pode mudar assim como o ativista norte-americano Martin Luther king entendia "Toda hora é hora de mudar", uma voz calada por buscar direitos inatos e por representar um povo oprimido.
Afim de mudar e principalmente dar o devido valor, o governo deve criar uma lei, lei essa que enfatiza cultura africana, merecedora de um feriado nacional e uma semana inteira para enaltecer essa herança, seja nos museus, seja na televisão, seja na rua. Além disso, abordando o assunto nas escolas como incentivo para novas gerações, criando festivais exclusivos, mostrando toda uma história para esses alunos, parafraseando o filósofo grego Epicteto: "Só a educação liberta"