A decisão da Disney de lançar o live action de Branca de Neve em 2024, retirando os icônicos Sete Anões e substituindo-os por um grupo de "sete amigos da diversidade", gerou um debate importante sobre a falta de inclusão da comunidade de nanismo nas obras cinematográficas. Essa mudança drástica não apenas levanta questões éticas, mas também revela a marginalização e o conformismo social que ainda persistem em nossa sociedade.

No que diz respeito à marginalização, a versão original de Branca de Neve e os Sete Anões, lançada em 1937, apresentou esses personagens como heróis da história. Eles conquistaram os corações do público e contribuíram para o sucesso do filme, inclusive ganhando um Oscar e sete miniaturas do troféu. Portanto, a retirada dos Sete Anões do live action parece um passo injusto e contraditório, uma vez que já haviam sido celebrados como personagens queridos pelo público.

Além disso, a decisão da Disney também levanta preocupações sobre o conformismo social. A empresa argumenta que a inclusão de um grupo diversificado de personagens, incluindo uma pessoa com nanismo, é uma forma de promover a diversidade. No entanto, ao retratar esse novo grupo como "bandidos" na história, a Disney corre o risco de perpetuar estereótipos prejudiciais. Isso nos faz questionar se essa mudança realmente representa um avanço na inclusão ou se poderia, na verdade, agravar o estigma em relação às pessoas com nanismo.

As empresas cinematográficas desempenham um papel fundamental na moldagem da cultura contemporânea. Portanto, como agentes dessa realidade, é crucial que atuem de forma consciente. Para isso, devem adotar ações pautadas na promoção da inclusão de todas as vozes e identidades na criação de obras cinematográficas. Essa abordagem visa à finalidade de construir uma sociedade mais igualitária e respeitosa com todas as comunidades. Tais escolhas, embasadas nesse propósito, contribuirão significativamente para combater a marginalização e o conformismo social, promovendo, assim, uma sociedade mais inclusiva e justa.