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Por Elenmarinho
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Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social se ausenta de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto ao que o autor prega, tendo em vista que a formação educacional de surdos apresenta barreiras na sociedade brasileira. Esse cenário antagônico é fruto tanto da ausência de atuação estatal, quanto do silenciamento mediático da população. Desse modo, analisar intrinsecamente as causas dessa problemática é medida que se faz imediata.
Precipuamente, é fulcral pontuar a baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades, o Brasil ainda se encontra com o índice de irregularidade na educação. Conforme o IBGE, no país foram registrados 1,3 milhões de deficientes surdos não inclusos na educação especial, e isso se deve, em partes, pelo fato de não haver políticas públicas que informem sobre a importância da igualdade no país. Dessa forma, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal urgentemente.
Ademais, é imperativo ressaltar o silenciamento mediático como promotor do problema. De acordo com Jurgen Habermas, filósofo alemão, para haver uma comunicação plena e o acordo de interesses deve-se existir o agir comunicativo. Partindo desse pressuposto, apesar da visibilidade, a problemática ainda persiste na sociedade, remetendo o pensamento de que a complexidade educacional ultrapassa o poder da mídia, podendo ser vista como uma falta de conhecimento sobre a importância da educação dos deficientes. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que a precariedade mediática contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Portanto, é irrefutável a importância da mídia como disseminadora de informações e o poder do Estado na resolução do problema. Dessarte, com o intuito de mitigar a formação educacional de surdos, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Congresso Nacional — órgão constitucional responsável pela elaboração e fiscalização de leis — na elaboração de uma legislação que promova o convencimento social, por meio de reuniões com profissionais do meio estatal, a fim de restaurar o progresso nacional. Assim atenuar-se-á, em médio e longo prazo, um impacto nocivo da formação, e a coletividade alcançará a utopia de More.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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