Durante o movimento iluminista no século XVII, ocorreu um fenômeno onde muitos pensadores franceses saíram de sua terra natal para viverem no Reino Unido pois nele havia pouca censura e a colaboração com cientistas era facilitada. Nos tempos atuais, nota-se um evento semelhante com os pesquisadores, dado que fatores como os custos de aparelhagem e a falta de incentivo financeiro contribuem fortemente para fuga de cérebros no Brasil. Em primeira análise, percebe-se que o preço acentuado das tecnologias de pesquisa dificulta ou inviabiliza diversos trabalhos de pesquisa no País. No ano de 2022, ocorreu uma redução de 35% dos IPI (imposto sobre produtos industrializados) para computadores, contudo, os computadores estão, em média, 1000 reais mais caros se comparados com 2022. Dessa forma, fica evidente a necessidade de investimentos no setor de tecnologia com foco em hardwares pelo governo federal para que se possa tornar as máquinas mais acessíveis em território nacional. Ademais, também é válido destacar o papel da carência de apoio financeiro por parte do Estado como um grande impulsionador desta problemática. Um estudo realizado pela Unicamp em 2021 constatou que 20% dos doutorados deixam o País devido a precariedade das bolsas. Este cenário se agrava ainda mais tendo em vista que, ainda no ano de 2021, foram cortados 92% dos recursos financeiros dedicados à ciência. Assim sendo, torna-se urgente uma mudança da postura governamental em relação aos profissionais de pesquisa com a finalidade de alavancar o avanço da ciência nacional. Por fim, para solucionar a complicação da evasão de mentes no território brasileiro. a FINEP (financiadora de estudos e projetos), empresa governamental de financiamento à ciência, tecnologia e inovação, deverá criar projetos em parceria com Universidades por meio de seus fundos de crédito afim de garantir melhores condições de pesquisa.Com isso, espera-se que tal ação possa superar a situação vivida pelos iluministas no século XVII.