Na década de 1500, auge da colonização portuguesa sobre o Brasil, observava-se a chegada dos europeus pelo litoral, sua exploração se estendeu pelo território migrando principalmente para o que hoje, se entende como sudeste. Sendo assim, as regiões mais ao norte do país obtiveram uma colonização tardia cooperando para o desafio que é reduzir a desigualdade entre as zonas brasileiras. Neste prisma, essa problemática decorre da necessidade de geração de renda do sistema capitalista e do investimento superior nas regiões que com influência no PIB do país.

Em uma primeira análise, o modelo capitalista assim como qualquer outro sistema socioeconômico visa a geração de lucro, no entanto, sua diferença se encontra ao concentrar a maioria dessa renda nas mãos de uma minoria, esse liberalismo econômico é visto como o ideal. Semelhantemente, Thomas More em seu livro Utopia, idealiza um mundo de perfeição econômica, mas se afasta da realidade ao pautar em sua narrativa o modelo socialista como o responsável por esse feito. No entanto, observa-se que ambos os sistemas acabam por centralizar seus setores econômicos em metrópoles, levando consequentemente a migração populacional para essas áreas e desvalorização de outras regiões.

Ademais, ressalta-se a base industrial de São Paulo e o turismo do Rio de Janeiro como grandes geradores de renda, e também detentores de amplos investimentos. Nesse viés, Jantar Secreto de Rafael Montes, relata a história de quatro amigos que deixam o nordeste para cursar suas faculdades no Rio de Janeiro, onde a estrutura é melhor desenvolvida e onde o renome das universidades é uma garantia de um emprego. Concomitante a isso, fora da ficção, os brasileiros dedicam horas de suas vidas ao estudo para entrar no ensino superior, todavia, os que residem ao norte do país também se veem obrigados a mudar para outros estados. Dessa forma, cooperando para a lotação dos centros urbanos.

Em virtude dos fatos mencionados, como forma de combate a desigualdade entre as regiões brasileiras, faz-se necessário criar medidas que reduzam a influência da geração de renda, e consequentemente, aumentem os investimentos nas áreas em desvalorização. Portanto, cabe ao IBGE em conjunto com o MEPP, órgão responsável pelas empresas de pequeno porte, implementar planos para conhecimento dos negócios e possíveis campos de geração de lucro, e promover aplicação de fundos para expansão desses mercados, possibilitando por fim, a relevância comercial e econômica dessas regiões e ainda, cooperando para a ampliação do PIB brasileiro.