Em união ao pensamento filosófico do brasileiro Mário Sérgio Cortella, é necessário que haja um cuidado com a ética humana para que a sociedade não fique “anestesiada”. Ocorre uma alienação, entretanto, no contexto da glamourização do nomadismo digital. Tal prática leva aos nômades instabilidade financeira e solidão.
A princípio, é válido o ressalto de que, na atualidade, a correria do dia a dia dos pais gera uma falta de exigência por parte deles aos filhos, fazendo com que esses cresçam sem disciplina e limites. Com isso, os nômades digitais, que são indisciplinados e não reconhecem os limites, não têm uma organização financeira, pois estão sempre gastando muito com o desnecessário, logo, passando por instabilidades nesse aspecto. Portanto, a glamourização desse estilo de vida pode acarretar ansiedades e transtornos psicológicos para certos adeptos sem disciplina, uma vez q não há tranquilidade financeira.
Além disso, as constantes mudanças de residência fazem com que a adaptação com o local e com as pessoas seja mais difícil. Essa dificuldade contínua pode levar o nômade digital a um isolamento social por medo de deslocamento, o que o faz sentir-se cada vez mais solitário. Assim, essa solidão se torna muito perigosa se persistente, influenciando em problemas cardíacos e sanguíneos do nômade, sendo obstáculos, mais uma vez, para que haja tranquilidade em sua vida.
Portanto, cabe às mídias digitais, como o maior mecanismo influenciador dos dias atuais, juntamente com o Ministério da Fazenda, conscientizar as pessoas da importância de manter uma disciplina em relação às finanças, por meio de campanhas educacionais, para que as questões financeiras não sejam um obstáculo para os nômades digitais. Além disso, cabe aos psicólogos, com a ajuda do Governo, evidenciar a importância de acolhimento desses nômades, por meio eventos que os ajudem a se adaptar melhor nos novos locais de moradia, para que a solidão não afete suas vidas.