"Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação". A música "Que País é este?" da banda Legião Urbana, denuncia o abismo entre as leis garantidas no papel e sua aplicação na prática. Na realidade brasileira, isso se evidencia devido à omissão estatal e a permanência histórica, visto que são os desafios para o enfrentamento dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Logo, se faz preciso encontrar meios para remediar tal imbróglio, trazendo a paz social.
Em primazia, é imperioso atentar para a negligência do governo presente nessa problemática. Nesse sentido, o pensador Thomas Hobbes afirma que o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população. Entretanto, isso não ocorre no Brasil, pois a falta de atuação das autoridades, fez com que a história afro descendente fosse se apagando, e se resumindo à esteriótipos, deixando as crenças e técnicas africanas vistas apenas em folclores. Assim, as funções estatais são descumpridas, agravando o problema.
Outrossim, o legado histórico é outro fator que atua como originador do revés. Sob este viés, sabe-se que para entender atos da contemporaneidade, é necessário compreender eventos históricos. Sendo assim, a desvalorização dos povos afro-brasileiros perdura desde 1500, na colonização, o que incentiva a invisibilidade da cultura africana, diminuindo sua herança e disseminando em escolas apenas o período escravocrata, esquecendo de grandes nomes na história negra do País. Desse modo, aumenta e incentiva a desigualdade entre os brasileiros.
Portanto, é imprescindível que criem soluções para intervir esse óbice. Assim, faz-se necessário que o Governo Federal -Órgão responsável pela administração do território brasileiro- aja fazendo políticas públicas que traga visibilidade à diversidade cultural africana, trazendo palestras e eventos escolares, por meio de verbas governamentais a fim de dar abertura para pessoas conhecerem as raízes negras, e desconstruir esteriótipos criados sob tal cultura. Dessa forma, com ações conscientes, o Brasil poderá se tornar uma Federação mais justa e inclusiva.