Segundo uma pesquisa do site Agência Brasil, 89% da população negra brasileira já foi vítima de bullying pelos seus traços e diferenças culturais,esses indivíduos sofrem consequências como a exclusão social e medo de expressar sua realidade em público. Tal problemática decorre principalmente da lacuna educacional e silenciamento midiático existentes no Brasil.
Primeiramente, é necessário mencionar a fala de Immanuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Entretanto, não se evidencia aulas de qualidade sobre a cultura africana,pois de acordo com a pesquisadora Mary Neide Figueiró, 30% das escolas públicas trabalham apenas a escravidão,e não oferecem aulas que mostrem as diversidades sobre os aspectos culturais desses povos,assim, desvalorizando a real história e influência da África.
Além disso, podemos refletir sobre o pensamento de Pierre Bourdieu,"O que foi criado para ser instrumento democrático não deve ser convertido em mecanismo de opressão". Nesse contexto, a mídia tenta esconder sua parcela de culpa na ignorância estrutural da sociedade,pois ao privar o público de conhecimento sobre os diferentes modos de vida, faz com que esqueçamos a influência que essa cultura teve sobre a nossa e como está presente em manifestações culturais praticadas até os dias de hoje.
Portanto, torna-se evidente a necessidade de ações interventivas imediatamente. Cabe ao Estado, modificar a base curricular das escolas públicas e privadas,adicionando matérias que tragam a diversidade para a sala de aula, com a finalidade de valorizar esses povos e passar conteúdos que trabalhem,de forma eficaz,a herança deixada nos costumes brasileiros. Ademais, convém intervir também sob o silenciamento midiático, com objetivo de fazer com que a população se conscientize sobre o valor que essas tradições tem,assim, tornando a sociedade mais informada e empática.