- 03 Jan 2025, 14:18
#140446
Assinada no ano de 1888, a Lei Áurea marcava o fim da escravidão no Brasil e proporcionava à população recém-livre a cidadania e a liberdade de manifestação cultural. Contudo, após cerca de dois séculos, o direito legal conquistado não foi capaz de integrar completamente essa parcela da população, visto que ainda há desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Nessa perspectiva, tirna-se imperioso investigar os fatores que fundamentam este lastimável quadro: a falha no sistema de ensino e a visão eurocêntrica preservada.
Diante desse cenário, é indubitável postular como a lacuna educacional impede o reconhecimento das heranças africanas. Sob essa lógica, o sociólogo Émile Durkheim idealizou que a escola é a instituição secundária encubida do processo de formação do indivíduo. Entretanto, verifica-se que, na contemporaneidade brasileira esse ambiente de construção do ser destoa do pensamento formulado pelo sociólogo, uma vez que a escola negligencia a transmissão de tradições culturais dessa parte da coletividade e carece de aulas que valorizem as heranças e personalidades históricas deixadas por estes, como o líder Zumbi de Palmares, o que impede a criação de cidadãos que convivam com a pluralidade cultural. Logo, o deficitário sistema de ensino, enquanto se mantiver no espectro social brasileiro, restringirá a emancipação do legado africano.
Ademais, cabe salientar que o panorâma eurocêntrico enraizado na sociedade brasileira acentua a perpetuação deste óbice. Acerca disso, durante o período colonial brasileiro a população africana escravizada formou os Quilombos, um ambiente onde eles praticavam seus costumes e buscavam fugir das tradições europeias que lhes eram impostas por serem consideradas superiores pelos portugueses. Nesse sentido, nota-se que a ideia de superioridade cultural estrangeira imposta aos escravizados no Brasil colônia peerdura atualmente, haja vista que grande parte do tecido social nacional julga de forma pejorativo as heranças deixadas pelos africanos, a exmplo da associação entre suas tradições religiosas a entidades malignas e o pensamento errôneo de que seus estilos musicais como samba e capoeira são manifestações culturais vulgares. Por consequência, as manifestações artísticas dessas pessoas são vistas de forma estereotipada.
Infere-se, portanto, que ações sejam adotadas para mitigar os desafios da valorização da herança africana no Brasil. Para tal, cabe ao Ministério da Educação - órgão responsável por elaborar políticas educacionais do país - promover aulas que fomentem o reconhecimento do legado afro no Brasil, por meio da implementação de disciplinas na BNCC que enfatizem personalidades africanas, como o Zumbi de Palmares. Essas ações terão como objetivo desconstruir visões eurocêntricas enraizadas no corpo social e emancipar tradições afro como o samba e a capoeira. Desse modo, espera-se que com essas ações, as manifestações culturais de matriz africana extrapolem os limites da Lei Áurea e sejam incorporadas na identidade nacional.
Diante desse cenário, é indubitável postular como a lacuna educacional impede o reconhecimento das heranças africanas. Sob essa lógica, o sociólogo Émile Durkheim idealizou que a escola é a instituição secundária encubida do processo de formação do indivíduo. Entretanto, verifica-se que, na contemporaneidade brasileira esse ambiente de construção do ser destoa do pensamento formulado pelo sociólogo, uma vez que a escola negligencia a transmissão de tradições culturais dessa parte da coletividade e carece de aulas que valorizem as heranças e personalidades históricas deixadas por estes, como o líder Zumbi de Palmares, o que impede a criação de cidadãos que convivam com a pluralidade cultural. Logo, o deficitário sistema de ensino, enquanto se mantiver no espectro social brasileiro, restringirá a emancipação do legado africano.
Ademais, cabe salientar que o panorâma eurocêntrico enraizado na sociedade brasileira acentua a perpetuação deste óbice. Acerca disso, durante o período colonial brasileiro a população africana escravizada formou os Quilombos, um ambiente onde eles praticavam seus costumes e buscavam fugir das tradições europeias que lhes eram impostas por serem consideradas superiores pelos portugueses. Nesse sentido, nota-se que a ideia de superioridade cultural estrangeira imposta aos escravizados no Brasil colônia peerdura atualmente, haja vista que grande parte do tecido social nacional julga de forma pejorativo as heranças deixadas pelos africanos, a exmplo da associação entre suas tradições religiosas a entidades malignas e o pensamento errôneo de que seus estilos musicais como samba e capoeira são manifestações culturais vulgares. Por consequência, as manifestações artísticas dessas pessoas são vistas de forma estereotipada.
Infere-se, portanto, que ações sejam adotadas para mitigar os desafios da valorização da herança africana no Brasil. Para tal, cabe ao Ministério da Educação - órgão responsável por elaborar políticas educacionais do país - promover aulas que fomentem o reconhecimento do legado afro no Brasil, por meio da implementação de disciplinas na BNCC que enfatizem personalidades africanas, como o Zumbi de Palmares. Essas ações terão como objetivo desconstruir visões eurocêntricas enraizadas no corpo social e emancipar tradições afro como o samba e a capoeira. Desse modo, espera-se que com essas ações, as manifestações culturais de matriz africana extrapolem os limites da Lei Áurea e sejam incorporadas na identidade nacional.