Na obra "Ultopia" do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, no qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que, os desafios para a valorização da herança africana no Brasil contribuem para o mal funcionamento dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto, do preconceito à cultura de outros povos, quanto do racismo no Brasil. Desse modo, faz-se necessário uma mudança urgente, a fim do desenvolvimento da sociedade.
Principalmente, a falta de interesse da sociedade corrobora para o aumento do preconceito relacionado à cultura africana. O período Colonial no Brasil revela a irrelevância que a sociedade da época sentia em relação à cultura de seus escravos negros. Por tanto, a carência de interesse da população está fortemente atrelada ao passado, alimentando a prática do preconceito e desinteresse do indivíduo brasileiro.
Diante desse cenário, é fulcral ressaltar que, o racismo no Brasil é o principal promotor do problema. Segundo o Artigo 5 da Constituição brasileira, todos são iguais perante a lei, porém, ao encontrar práticas racistas mediante a herança africana, tal afirmação equivoca-se, prejudicando o cumprimento da lei e afastando o indivíduo negro brasileiro de suas crenças e tradições. Ademais, é de suma importância atentar-se à índole da população, visando melhorias na qualidade de vida e convivência do povo africano no Brasil.
Retomando o que foi dito, é crucial para o Brasil a tomada de medidas que valorizem a herança africana. O governo deve, por meio do Ministério da Educação, aprimorar estratégias para o surgimento de interesse da população à cultura africana, realizando campanhas de aprendizado e exemplificando o cotidiano das tradições em museus a céu aberto. Assim, haverá a concretização da sociedade que More descreve.