A Constituição Federal brasileira de 1988, prevê, em seu artigo 5° que todo cidadão é igual perante a lei. Conquanto, tal direito não tem se propagado com ênfase na prática visto os desafios para a valorização da herança da cultura africana no Brasil. Esse cenário é fruto tanto da falta de representação midiática quanto do preconceito social.
Primeiramente é fulcral pontuar que a problemática deriva da escassa representação da mídia. No seriado Carrossel a personagem Pata é encontrada desmaiada após ter se intoxicado com produtos químicos que alisam o cabelo, isso por ter visto na televisão modelos padrões de cabelo liso. Como Pata, diversos cidadãos afrodescentes não se sentem bem vistos e representados pela mídia o que faz com que estes, sejam forçados a deixarem para trás sua história, vestimenta e crenças para se encaixarem no padrão moldado pela mídia.
Ademais, o preconceito social é um promotor do problema. Segundo o escritor inglês George Orwell “Todos são iguais mas uns são mais que outros”. Partindo desse pressuposto, pode-se afirmar que o preconceito imposto na sociedade desde a época da escravidão prejudica muito a vida de afrodescentes. Estes, acabam deixando para trás sua cultura por não conseguirem entrar em bons empregos, cargos políticos e formação por sofrerem discriminação e preconceito vindo da sociedade. Com isso, deixam para trás sua herança para conseguirem oportunidades minimamente dignas.
Logo, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática na sociedade. Necessita- se que o Ministério da Cidadania através dos órgãos executivos das cidades criem políticas públicas e centros de apoio para que tais minorias tenham melhores oportunidades de emprego e estudo e sintam-se preparados e aptos para conviverem em sociedade sem deixarem para trás suas origens. Com isso, o Brasil se mantém um país rico de diversidade e assegura o direito de igualdade à todos previsto na Constituição.