Ao relacionar os impactos da IA na sociedade com os conceitos de Sergio Buarque de Holanda, principalmente quando se trata da construção de uma sociedade baseada em arranjos incompletos e que apresenta soluções a curto prazo, entende-se o motivo dessa persistência, visto que há uma ineficiência do poder público em atenuar as causas e os efeitos da problemática. Neste viés, vale ressaltar dois fatores fundamentais: Uso indevido e Má contribuição nos setores de economia.

De início, ao observar o contexto histórico brasileiro, nota-se que os impactos da IA estão relacionados a um problema estrutural: Uso indevido. Nessa ótica, conforme os ideais aristotélicos, a política deve ser articulada de modo que, um equilíbrio seja alcançado na sociedade. De forma similar, é possível perceber que, sem o apoio do estado para combater essa questão, o desequilíbrio social tornou-se um fato persistente. Assim, é importantíssimo que tenha uma intervenção, validando a máxima de Sergio e ratificando a necessidade de reverter esse quadro.

Outrossim, é notório que a má contribuição nos setores de economia, sejam eles escolas, medicina ou no trabalho, também contribui para a permanência do entrave. Tal cenário, conforme Kant, é análoga a “menoridade intelectual”, na qual caracteriza a ausência e autonomia dos sujeitos sobre seus intelectos. Nesse sentido, ao enxergar os impactos da IA, nota-se que o cidadão, torna-se refém, trazendo assim riscos ao próximo e para si próprio.

Portanto, nota-se a necessidade de se atentar aos impactos negativos da IA. Para que isso aconteça, é dever do poder estatal, intervir. Destarde, isso será feito através de alertas a população dos riscos, por meio de canais de comunicação como as redes sociais e programas de televisão, com o intuito de inicialmente diminuir tais riscos a comunidade. Dessa forma, efetivando tal proposta, será possível validar os ideais de Sergio e, certamente, eliminar a alienação alheia.