Em 1948, a Organização das Nações Unidas promulgou uma das leis mais relevantes da história recente: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo conteúdo garante o direito a educação. Todavia, a negligência da leitura atrapalha que a sociedade vivencie o direito associado pela ONU. Assim, há de se combater o silenciamento social sobre a importância da leitura no Brasil, bem como a inflação desnecessária do preço dos livros.
Diante desse cenário, Jean-Paul Sartre afirma, em sua obra "O ser e o nada", que existe um conceito conhecido como Acomodação Social", segundo o qual há alguns temas sociais banidos da discussão coletiva. Sob essa lógica de Sartre, a discussão acerca do impacto positivo causado pela leitura, embora seja relevante para a sociedade brasileira, não recebe a devida importância. Essa falta de iniciativa é evidenciada pela carência de profissionais capacitados na área da educação, que não estimulam a leitura de forma ativa nas escolas, os livros muitas vezes são vistos como uma coisa maçante, árida ao invés de encantadora e atrativa. Assim, é incoerente que o Brasil ainda conviva com o arcaico dilema do silenciamento social.
Ademais, o aumentos dos preços dos livros motiva diretamente a persistência da desistimulaçao da leitura. Nesse sentido, em 1976 Noberto Bobbio -- expoente filósofo italiano -- desenvolveu o "Dicionário de politica", a partir o qual o Estado deveria não apenas garantir os direitos básicos, a exemplo a educação, mas também garantir que a população usufrua na prática. Sob essa lógica, a partir do raciocínio de Bobbio, o Estado precisa não apenas garantir o acesso a educação, mas também garantir que o povo com
ênfase os estudantes e jovens tenham incentivo a ler e vivenciar os beneficios em seu cotidiano. Tal carência estatal fica evidente quando observa-se, taxas altíssima atribuída ao mercado da leitura. Assim, enquanto a displicência estatal se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos maiores problemas para os leitores principiantes: o preço exacerbado dos livros.
É urgente, portanto, que as escolas --responsáveis pela transformação social-- devem contribuir para desenvolver o interesse pela leitura nos jovens, por meio de projetos pedagógicos, como aulas, palestras e oficinas, o Ministério da Educação deve ajudar com subsídio, concedendo livros as instituições e fazer apelos sociais para abaixar o preço dos livros. Essa iniciativa terá a finalidade de mobilizar o Estado a melhorar, tendo em mente alcançar uma sociedade com mais interesse pela leitura, para que assim o conceito defendido por Bobbio seja, em breve, a realidade no Brasil.